Dia Nacional da Luta Antimanicomial será celebrado em Leopoldina nesta sexta
17/05/2018 07:50 em LEOPOLDINA

 

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio, será marcado por uma programação especial nesta sexta-feira (18) em Leopoldina. No evento, que ocorre das 9h00 às 16h00 na Praça Félix Martins, no Centro, serão realizadas atividades física e musical, capoeira, mostras de artesanato, além de inscrições para o processo seletivo da APA Confecções, visando a contratação de Portadores de Necessidades Especiais (PNE), conforme Lei 8123/91 (art. 93) e Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência. A ação é uma parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde de Leopoldina, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III) e a empresa APA. 

A data foi escolhida por ser um marco na inclusão social e cultural das pessoas portadoras de sofrimento mental e o ingresso no mundo do trabalho será algo inovador, desmistificando os estigmas e preconceitos, favorecendo os processos de socialização e autonomia de pessoas com deficiência física, mental, visual, auditiva e intelectual. Os critérios para participar do processo seletivo serão: ter no mínimo 18 anos de idade; Documentação pessoal completa e atualizada; Laudo médico comprovando a deficiência e residir em Leopoldina. O objetivo de toda a ação é dar visibilidade à luta antimanicomial, estimulando a consciência social.

“Reinserção social: um desafio para o avanço da reforma psiquiátrica”

A trajetória das políticas públicas para portadores de transtornos mentais no Brasil caminha entre a exclusão histórica e o processo de reinserção desses pacientes na sociedade, através da construção de uma rede de serviços comprometidos com a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Em 2001, a aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica – Lei 10.216/2001 iniciou um novo processo de atendimento dos pacientes. A nova lei instituiu a substituição do atendimento em hospitais psiquiátricos – que em muitos casos tinham características asilares – por serviços abertos e de base comunitária. 

A Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, instituída pela Portaria nº 3.088, de 22/12/2011, traz o modelo de atenção em saúde mental a partir do acesso, na promoção de direitos das pessoas baseada na convivência dentro da sociedade. A Rede tem como objetivo articular ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade.

As estratégias de reinserção social mostram um processo que integra uma pessoa novamente ao convívio social após sofrer uma etapa de privação de liberdade e são entendidas como um conjunto de práticas que visam promover o protagonismo para o exercício dos direitos de cidadania de usuários e familiares da RAPS por meio da criação e desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território, nos campos do trabalho, saúde, habitação, educação e cultura, produzindo novas possibilidades de projetos para a vida

 

Fonte: O Vigilante

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