Pacientes de clínica interditada em Juiz de Fora estavam no local contra a vontade
09/06/2018 06:32 em REGIÃO

 

Dos 26 internos da comunidade terapêutica interditada em Juiz de Fora ouvidos pela equipe técnica da Vigilância Sanitária nesta sexta-feira (8), 18 disseram que estavam no local contra a vontade. Em depoimento, eles também alegaram que não podiam deixar o local por conta de multas contratuais.

Após a interdição, o local tem 15 dias para ser desativado. Das pessoas que estavam na clínica, a grande maioria estava internada compulsoriamente - quando a legislação é aplicada para o tratamento de dependentes químicos em instituições de saúde, mesmo contra a vontade.

 
Fachada do Centro Terapêutico Bonanzza (Foto: Centro Terapêutico Bonanzza/Divulgação)Fachada do Centro Terapêutico Bonanzza (Foto: Centro Terapêutico Bonanzza/Divulgação)

Fachada do Centro Terapêutico Bonanzza (Foto: Centro Terapêutico Bonanzza/Divulgação)

 

Interdição

 

A Comunidade Terapêutica Bonanzza foi proibida de exercer as atividades nesta quinta-feira (7) após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ter recomentado o fechamento. O órgão informou que a solicitação foi feita após diversas irregularidades terem sido encontradas durante uma inspeção realizada na quarta-feira (6) no local.

De acordo com o MPMG, na unidade foram constatadas diversas irregularidades, como ausência de registros médicos, de prontuários, de fichas de evolução, de projeto terapêutico e de receitas médicas. Além disso, foram identificados graves problemas estruturais, materiais e sanitários e falta de equipe técnica compatível com a atividade desenvolvida.

A produção do MGTV entrou em contato com os proprietários da comunidade terapêutica por telefone, mas uma funcionária informou que por enquanto, ninguém iria se pronunciar.

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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