Casa de Leitura em Leopoldina mostra a saga do inventor mineiro Santos Dumont
18/06/2018 07:38 em REGIÃO

 

A Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina, é um dos centros culturais mais atuantes do Estado. No início deste mês de junho, a instituição iniciou sua mais nova exposição, intitulada “Asas – o sonho de voar”. Seu diretor, o museólogo Alexandre Carlos Moreira, é o responsável pela curadoria. Investindo em fatos, épocas e personagens da história do Brasil, a Casa escolheu a vida e a obra do mineiro Alberto Santos Dumont para mais uma realização de grande impacto junto ao numeroso público de estudantes que corre a suas mostras. Mônica Botelho, representando a Fundação Ormeo Junqueira Botelho, participa do ato.

Como o objetivo primeiro é o aluno do ensino fundamental e médio, enfatiza-se o caráter lúdico e cenográfico da apresentação. Diversas referências comentam, visualmente, o desejo inerente ao ser humano de alcançar os céus, aproximar-se dos deuses, imitar os pássaros e, sobretudo, superar os limites do chão do planeta.

Como nas mostras anteriores, foram convidados os diretores, coordenadores, professores e, naturalmente, os representantes das Secretarias de Educação e de Cultura, bem como da Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina, para uma visita antes da abertura ao público na quinta-feira (7).

As iniciativas da Casa de Leitura Lya Botelho contam com o apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Para o secretário Angelo Oswaldo, “as atividades desenvolvidas em Leopoldina caracterizam um importante centro de produção, cujas mostras mereciam circular por outras cidades pela excelência da qualidade e por sua condição exemplar. Cultura e educação interagem e se completam nesse trabalho”.

A Casa de Leitura Lya Botelho está localizada à Rua José Peres, nº 4 - no Centro de Leopoldina.

Santos Dumont

Alberto Santos Dumont nasceu em Palmira (atual cidade Santos Dumont) em Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1873. Seu pai, Henrique Dumont era engenheiro francês, e sua mãe, Francisca Santos Dumont, era descendente de portugueses.

Desde pequeno sua curiosidade e genialidade foram notórias, de modo que construía seus brinquedos, consertava coisas, etc. Esse espírito inquieto, mais tarde foi responsável por uma das grandes invenções do século XX: o avião.

Conhecido como o Pai da Aviação por ter sido o primeiro a realizar um vôo a bordo de um avião a motor, sem a necessidade de rampas de lançamento. Alberto Santos Dumont é um dos principais nomes da história brasileira e suas proezas são consideradas orgulho nacional. Mas apesar de seu foco principal ter sido a aviação, a mente inquieta do inventor ainda criou outros utensílios muito importantes para a humanidade.

Ao ler as obras de Julio Verne, nas quais são descritas viagens em submarinos e relatadas longas aventuras em balões, o seu fascínio pela aeronáutica cresceu. Passou a estudar a história da navegação aérea e ao descobrir que grande parte dos avanços nesta área haviam acontecido na França, ficou cada vez mais interessado em conhecer o país.

Estimulado pelo pai, começou a estudar mecânica. Com 18 anos, realizou uma viagem à Inglaterra, para aprimorar o inglês. Depois seguiu para a França, onde escalou o Monte Branco e reforçou sua paixão pelas alturas. Um ano mais tarde foi emancipado pelo pai e voltou à França para se dedicar ao automobilismo e aos estudos de ciências, engenharia, mecânica, eletricidade e aeronáutica.

Após a morte do pai, Santos Dumont volta mais uma vez à França em 1897, aos 24 anos, desta vez de forma definitiva e passa a se dedicar ao balonismo. Foi na capital francesa que realizou diversos experimentos donde alguns resultaram em acidentes. De qualquer forma, Dumont se transformou num dos homens mais influentes de Paris, ao lado de outros cientistas. Por conseguinte, voltou ao Brasil onde passou a residir em Petrópolis, Rio de Janeiro.

A história revela que Dumont morreu deprimido, acometido pela esclerose múltipla e desolado pelo fato de uma de suas invenções, o avião, ser utilizado como arma de guerra. Segundo ele: "No começo deste século, nós, os fundadores da Aeronáutica, havíamos sonhado com um futuro pacífico e grandioso para ela. Mas a guerra veio, apoderou-se de nossos trabalhos e, com todos os seus horrores, aterrorizou a humanidade.”

Santos Dumont cometeu suicídio por enforcamento no banheiro do Grand Hôtel de La Plage, na cidade litorânea paulista de Guarujá, dia 23 de julho de 1932, na época estava com 59 anos.

Invenções

Além das máquinas voadoras, o inventor brasileiro criou o primeiro hangar em 1900 justamente para guardar os seus equipamentos e invenções. Ele criou portões com rolamentos para facilitar o deslocamento das aeronaves. Com a intenção de controlar o tempo dos seus vôos, ele também pediu ao amigo Louis Cartier que desenvolvesse o primeiro relógio de pulso. Mais tarde, criou o primeiro chuveiro de água quente quando vivia em seu chalé “A Encantada” em Petrópolis. A invenção funcionava através do uso de um balde perfurado e dividido ao meio, que levava água quente de um lado e fria do outro. Criou ainda um motor portátil para ser utilizado por esquiadores.


 

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO "ASAS - O SONHO DE VOAR"

Local: Casa de Leitura Lya Botelho

Horário: 9h00

Entrada Gratuita

 

Fonte: O Vigilante

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