Principais cidades da Zona da Mata e Vertentes têm vacinação contra poliomielite abaixo da meta
REGIÃO
Publicado em 28/07/2018

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cobertura vacinal de crianças menores de um ano contra a poliomielite nas seis maiores cidades da Zona da Mata e Campo das Vertentes chegou a 59% em 2018. A expectativa era imunizar, pelo menos, 95% das crianças.

Os dados são ainda mais alarmantes entre os bebês e até um ano, que precisam tomar a primeira dose de reforço. Nos mesmos municípios, a cobertura atingiu apenas 49% deste público.

A preocupação com a doença, que havia sido erradicada no Brasil em 1990 por meio de campanhas de vacinação, voltou após um caso da doença ter sido registrado na Venezuela em junho deste ano. A proximidade do país com o Brasil e o fluxo migratório de venezuelanos têm aumentado ainda mais o alerta de médicos, que se preocupam com a redução nos índices de vacinação.

Segundo a médica imunologista da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, Sônia Rodrigues, o risco de contaminação existe e a vacina é a única proteção.

"A doença ainda existe em alguns países do mundo, particularmente aqueles em conflito, o que dificulta as ações de vacinação. Enquanto ainda houver ocorrência da doença no mundo é necessário manter o alerta", explicou.

 
Vacinação contra poliomielite é oferecida para bebês e crianças de até cinco anos de idade em todo o Brasil (Foto: Paulo Goeth/Secretaria de Estado da Saúde)Vacinação contra poliomielite é oferecida para bebês e crianças de até cinco anos de idade em todo o Brasil (Foto: Paulo Goeth/Secretaria de Estado da Saúde)

Vacinação contra poliomielite é oferecida para bebês e crianças de até cinco anos de idade em todo o Brasil (Foto: Paulo Goeth/Secretaria de Estado da Saúde)

 

 

Cobertura regional

 

Em Juiz de Fora, apenas 51% das crianças com menos de um ano foram imunizadas em 2018. O índice é ainda menor entre as crianças de um ano, que precisam tomar o primeiro reforço. Destas, apenas 45% tomaram a vacina.

Em Muriaé, a procura pela vacina é a menor dentre os seis maiores municípios da Zona da Mata e Campo das Vertentes. Apenas 25% das crianças menores de um ano foram vacinadas e pouco mais de 19% tomaram a primeira dose de reforço.

Em Ubá, 84% das crianças abaixo de um ano já foram vacinadas. Porém, apenas 69% tomaram a primeira dose de reforço.

Já em Viçosa, 82% dos bebês receberam as três primeiras doses, mas 58% tomaram o reforço neste ano.

Em São João del Rei, a procura pelas doses para os recém-nascidos chegou a 75%. Entretanto, apenas 50% das crianças de um ano foram vacinadas.

Por fim, em Barbacena, 80% dos bebês receberam as primeiras doses, enquanto 75% das crianças de um ano já tomaram o reforço.

 

Imunização

 

De acordo com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, são necessárias pelo menos cinco doses da vacina. As três primeiras são aplicadas antes do primeiro ano de idade, quando a criança tem dois, quatro e seis meses. O reforço é feito em duas doses: a primeira com um ano e três meses e a segunda com quatro anos de idade.

Segundo Rodrigues, os pais que ainda não imunizaram seus filhos precisam procurar alguma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente. "A vacinação é a única forma de evitar a doença. Portanto, os pais devem ficar atentos e não deixar de completar o cartão vacinal de seus filhos", disse.

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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