Cataguasense doa medula óssea para ajudar a salvar paciente de leucemia
REGIÃO
Publicado em 16/08/2018
O tempo passou e em dezembro do ano passado aquela instituição entrou em contato com ele informando a existência de um provável receptor para sua medula. Wendel (foto ao lado) manteve sua disposição em fazer a doação e continuou aguardando novo contato do hospital, o que aconteceu em março deste ano, quando lhe pediram nova amostra de sua medula para ser analisada. No final de junho, revela o Técnico em Análises Clínicas, um funcionário da Redome ligou informando que era cem por cento de compatível com o paciente e foi marcada a data para os exames de Wendel e consequente doação da medula. Wendel agendou para agosto o procedimento e viajou a São Paulo no dia 1º deste mês, acompanhado de sua namorada, com todas as despesas pagas pelo Hospital das Clínicas, vinculado à USP, salienta. Lá, ele passou por três entrevistas com profissionais de especialidades diferentes, fez consulta médica e uma bateria de exames antes de doar sua medula, o que aconteceu somente no último dia 6. A doação foi feita pelo processo de Aférese, o mais comum para estes casos, explica, e é semelhante a hemodiálise, em que o sangue do doador passa por uma máquina que separa as plaquetas com as células necessárias ao receptor, devolvendo o sangue novamente ao doador. "O processo é simples e a dor que senti foi de apenas duas agulhadas em cada um dos braços", conta.
Para encontrar um doador de medula óssea compatível é muito difícil. A proporção é de um em cada cem mil em média, contou Wendel. Para casos de não parentes. Para os familiares a proporção de encontrar uma medula compatível é de 25%. Wendel sempre soube desta dificuldade, por isso, quando ligaram para ele para confirmar seu interesse em ser doador ele não titubeou e deu sequência ao processo que foi concluído no início deste mês. Ele revela que não sabe nada a respeito de quem recebeu sua medula: "Sei apenas que é uma jovem de 20 anos e brasileira. Depois de um ano e meio é que mais detalhes são fornecidos", conta Wendel com a voz tranquila e a serenidade de quem sabe que fez muito mais do que uma simples doação de medula.
Feliz por ter ajudado alguém a ter esperança em uma nova vida, Wendel não esquece de agradecer a todos que o apoiaram nesta iniciativa e estiveram a seu lado neste momento. "Quero agradecer aos meus familiares, minha mãe, minha filha Karen, minha namorada Michele, que me acompanhou durante os dias pré e pós doação, a direção do Hospital de Cataguases, aos diretores do Labclin Doutores Mirian e Eduardo e também aos amigos e colegas de trabalho", disse. Ele encerrou a entrevista com a seguinte mensagem: "Dê graças a Deus que não é seu pai, sua mãe, filho, irmão, ou um ente querido seu que precisa de uma doação, de sangue ou de Medula Óssea. Nunca se esqueça que sempre vai ter alguém esperando pelo seu gesto de solidariedade e am
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