Eunice informou que a recuperação de Jair Bolsonaro é a melhor possível. Ela ressaltou que a rapidez do atendimento foi importante. “A velocidade com que a equipe de segurança conseguiu trazê-lo até o hospital e a velocidade com que ele foi operado faz total diferença na evolução”, disse a diretora.
Eunice Dantas explicou que a vida do candidato esteve em risco. “Poderia sim [ter morrido], com certeza, foi muito grave”. Ela contou que também foram adotados todos os procedimentos para diminuir o risco de infecção.
Bolsonaro deixou o hospital na manhã desta sexta em uma ambulância UTI da Santa Casa rumo ao Aeroporto da Serrinha, acompanhado por médicos do hospital e do Albert Einstein. Eunice Dantas explicou que a remoção ocorreu antes das 24h até 48h inicialmente estimadas porque o paciente respondeu bem aos procedimentos realizados.
“Coloca-se sempre este prazo porque é uma cirurgia de grande porte, um evento traumático. A equipe tem que definir muito claramente se o paciente está estável. Ele saiu hemodinamicamente muito bem do centro cirúrgico e manteve este quadro durante a noite. Então o transporte dele foi absolutamente seguro”, afirmou.
No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro fazia corpo a corpo com eleitores na região do Parque Halfeld. O suspeito de atacar o candidato foi identificado pela PM como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Ele foi transferido para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), de Juiz de Fora por volta das 2h30 desta sexta-feira. Ele está separado dos demais detentos da unidade. A audiência de custódia está programada para esta tarde.
O advogado de Adélio, Pedro Augusto Lima Possa, disse que seu cliente assumiu a autoria do atentado, e que ele agiu por "motivações religiosas, de cunho político". "Ele não tinha intenção de matar, em momento algum. Era só de lesionar", disse Possa.
O agressor é formado em pedagogia. Atualmente, não há registro de filiação partidária dele, mas Oliveira foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014. Ele tem passagem na polícia em 2013 por lesão corporal.
A executiva do PSOL em Minas Gerais confirmou que o agressor foi filiado ao partido no passado e divulgou nota repudiando o ataque e cobrando uma investigação.
Fonte: G-1 Zona da Mata