De acordo com a delegada Ione Barbosa, os inquéritos serão remetidos à Justiça nos próximos dias. Os três indiciados tiveram as prisões convertidas para preventivas e estão no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).
O caso ocorreu no dia 30 de setembro em um bairro na Zona Norte. O homem de 49 anos foi preso em flagrante pelo crime de importunação sexual por tocar as nádegas de uma menina de nove anos em um estabelecimento comercial. Foi o primeiro registro na cidade desde que a lei que criminaliza este ato entrou em vigor.
No entanto, após ouvir o depoimento de testemunhas, da vítima e dos pais da criança, a delegada Ione Barbosa destacou que houve um crime mais grave que a qualificação inicial feita no flagrante. "Importunação sexual é um crime secundário neste caso. Houve o estupro de vulnerável, já que ele tocou de forma imprópria uma criança e a expôs ao constrangimento em um local público", explicou.
Outro caso concluído foi registrado no dia 14 de outubro. O rapaz de 28 anos foi preso sob a suspeita de estuprar, agredir e ameaçar uma idosa, de 62 anos, em Juiz de Fora. Ao ser questionado pelos policiais militares, confirmou as ameaças mas negou o estupro. Só admitiu quando foi descoberto que ele filmou o crime no celular.
Durante a investigação, além de retornar ao local onde o crime ocorreu, os investigadores fizeram a transcrição das imagens e falas que constam no vídeo. "Durante o estupro, ele não só filmou o ato como as agressões. Como não divulgou o vídeo, não responderá por isso. No entanto, as imagens ajudaram a deixar ainda mais claro o crime de estupro, pelo qual foi indiciado", explicou Ione Barbosa.
De acordo com a delegada, a vítima não está mais morando em Juiz de Fora, por questão de segurança. A Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e converteu em preventiva a prisão do acusado. "A gente descobriu que ele tinha outras passagens pelo crime de lesão corporal contra outras mulheres, então seria um perigo para a vítima que ele obtivesse a liberdade. Por isso, a Justiça determinou que ele permanecesse no Ceresp".
Delegada da Especializada de Atendimento à Mulher em Juiz de Fora Ione Moreira Barbosa — Foto: Reprodução/TV Integração
Homem ameaçou mulher de morte
O terceiro caso foi no dia 5 de outubro, quando um homem de 55 anos ameaçou a mulher de morte na frente de policiais militares. Ele foi preso por porte ilegal de arma de fogo e ameaças.
A mulher chamou a Polícia Militar (PM) depois que o marido chegou em casa embriagado e, armado de facão, disse que a mataria. Ao perceber que seria preso, ele ameaçou a mulher na frente dos policiais. De acordo com a ocorrência, o marido disse "eu vou ser preso, mas quando sair eu te mato" e "vou te encher de tiro".
A mulher contou que o marido tinha uma arma guardada no sítio onde trabalhava como caseiro. Os policiais estiveram no local e apreenderam um revólver calibre 22, com cinco munições. "Diante dos elementos encontrados durante a investigação, a Justiça acatou nosso pedido para que a prisão em flagrante fosse convertida para preventiva. E ele irá responder por porte ilegal de arma, conforme o estatuto do Desarmamento e também por ameaças e agressões contra a esposa", afirmou a delegada Ione Barbosa.
Qualquer informação que ajude a impedir ou coibir casos de violência contra a mulher pode ser denunciado pelos telefones da Polícia Militar, 190 ou pelo Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181.
Outra opção é procurar o atendimento diretamente na Casa da Mulher e na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) que funcionam no mesmo prédio na Rua Uruguaiana, nº 94, no Bairro Jardim Glória.
Fonte: G-1 Zona da Mata
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