Câmara de Cataguases também admite cortar despesas e carnaval pode não acontecer em 2019
06/11/2018 06:14 em REGIÃO

 

A Câmara Municipal de Cataguases pode seguir o Executivo no corte de despesas. Isto porque está em vigor Decreto baixado pelo Prefeito Willian Lobo de Almeida que colocou o município em Situação de Emergência Financeira. Outro efeito colateral previsto vai atingir diretamente o Carnaval 2019 que corre o risco de não acontecer, conforme o próprio prefeito previu durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 05 de novembro. "Hoje com a situação financeira do município precária corremos o risco de comprometer até o Natal da população se levarmos em consideração que mensalmente a Prefeitura injeta na economia cerca de 3 milhões de reais em salários. Como não temos previsão para pagar a folha de outubro, também não sabemos como será a de novembro. Por isso hoje afirmamos que se permanecer esta situação, não teremos como fazer carnaval", alertou Willian.
 
imageO prefeito explicou que por lei continuará repassando o duodécimo constitucional para o Legislativo Municipal, mas revelou ter se reunido com os vereadores e explicado a situação do município recebendo a compreensão deles, assegurou. Assim, disse que aquele Poder vai também reduzir seus gastos para poder devolver as sobras ao Executivo. Vale lembrar que atualmente isso já acontece. A Câmara Municipal vive período franciscano com redução até de pão e manteiga para os servidores e vereadores. Porém, uma fonte ligada à Mesa Diretora daquela Casa disse ao Site do Marcelo Lopes que os vereadores estão propensos a reduzir o horário de funcionamento da Casa. Outra medida que também pode ser tomada é demissão de contratados e a implementação de uma reforma administrativa no Legislativo do Município, assunto já amplamente comentado e cujo projeto de lei está pronto para ser apresentado aos vereadores.
O terceiro efeito do Decreto que coloca Cataguases em Situação de Emergência Financeira pode levar o Município a vender, por meio de leilão, 14 terrenos de sua propriedade em diversos bairros que estão desocupados. Segundo o prefeito, projeto neste sentido já foi enviado à Câmara e aguarda apenas a autorização dos vereadores para que possa dar prosseguimento ao processo de venda. De acordo com Willian, a prefeitura contratou duas imobiliárias para avaliarem estes terrenos e chegou-se ao valor total de R$ 1,2 milhão. O prefeito justificou seu interesse em vender os imóveis para usar o dinheiro na construção ou ampliação de UBS. "Com o leilão o processo é transparente e todo o mundo que quiser pode participar", completou pedindo aos vereadores um gesto neste sentido "para vencer os obstáculos."
 
 
Fonte: Marcelo Lopes
 
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