A informação sobre a destinação foi publicada no site da Câmara dos Deputados. Por email, o hospital confirmou ao G1 que foi comunicado sobre a inclusão da entidade como destinatária da emenda.
As verbas das emendas individuais devem ser liberadas obrigatoriamente pelo governo em 2019. O G1 entrou em contato com a Câmara Legislativa para saber em que período do ano a verba deve ser liberda para a Santa Casa. Contudo, a reportagem não recebeu retorno dos questionamentos até esta publicação.
No texto, Bolsonaro cita que “a Santa Casa tem demonstrado grande resiliência para enfrentar os desafios do dia a dia e manter estabilidade num momento de crise pelo qual passam todos os hospitais filantrópicos do país. O nosso déficit em 2017 foi de R$ 27.963.125,84 referente aos atendimentos a pacientes do SUS (internados e externos), sendo a média mensal de R$ 2.330.260,49, o que representa (36,92%)”.
A publicação destaca que o déficit é decorrente da defasagem da tabela do SUS sem reajuste há mais de 12 anos.
Jair Bolsonaro foi atendido pela Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora no dia 6 de setembro após ter sido esfaqueado durante um ato de campanha na cidade. O presidente eleito teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia na unidade hospitalar.
Em outubro, Bolsonaro disse através das redes sociais que pretendia doar a sobra da campanha eleitoral para a Santa Casa. Entrentanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permitiu o repasse do restante dos recursos da campanha para o hospital, pois segundo a legislação eleitoral, as sobras de campanha das candidaturas à Presidência da República devem ser transferidas para a direção nacional do partido – no caso, o PSL – que será o responsável pela identificação, utilização, contabilização e prestação de contas ao TSE.