Professor estava com pés e mãos amarrados
A vítima tinha 33 anos quando foi encontrada por uma equipe da Polícia Militar (PM) em um apartamento, na Rua Olegário Maciel, no Bairro Paineiras, com as mãos e pés amarrados. O vendedor, que na época tinha 30 anos, e a empresária, que tinha 38, foram presos em flagrante. A necropsia da Polícia Civil mostrou que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento.
Na época, os suspeitos disseram à Polícia Civil que a vítima teve um mal súbito e que a cena flagrada pelos militares era uma prestação de socorro. Os familiares do professor também prestaram depoimento no dia posterior ao crime e afirmaram que ele não tinha nenhum histórico de problemas de saúde.
De acordo com o processo do TJMG, a morte aconteceu por esganadura e impossibilitou a defesa da vítima. O homem foi encontrado deitado no chão, sem vida, com as pernas amarradas com um cinto e as mãos amarradas com uma camisa, apresentando múltiplas lesões pelo corpo. Em cima do professor havia duas cadeiras de madeira e uma mesa rústica.
O processo também contém a informação de que os acusados disseram, em depoimentos, que a vítima havia consumido drogas e teria se comportado de maneira violenta, chegando a agredi-los. Por isso, o vendedor o segurou e, na tentativa de contê-lo, a empresária amarrou os pés e as mãos da vítima.
Também em depoimentos, os policiais que atenderam a ocorrência narraram que, ao chegarem ao local, encontraram a suspeita de sutiã, no primeiro piso, próximo a uma escada. No andar de cima, viram a vítima segurada pelo pescoço pelo acusado, em uma espécie de gravata, com sinais de lesões na cabeça e no rosto, já com os olhos vidrados.
Disseram, ainda, que o local ao redor da vítima estava bagunçado, com mesas, cadeiras e vidros quebrados, dando a entender que houve uma briga no cômodo.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), a empresária esteve na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires e o vendedor, no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), entre os dias 4 e 6 de junho de 2012, sendo liberados por meio de alvará de soltura.
Fonte: G-1 Zona da Mata