Após afirmar em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (18) que não tinha data definida para o pagamento do 13º salário dos servidores municipais, o prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas (PSDB), anunciou à noite em sua página no Facebook como quitará o benefício.
No vídeo publicado pelo prefeito, ele afirma que o pagamento do 13º salário será feito em duas parcelas: a primeira no dia 18 de janeiro e a segunda em 15 de fevereiro de 2019.
Almas revelou, ainda, que o salário dos servidores referente ao mês de dezembro deverá ser pago até o 7º dia útil de janeiro, com possibilidade de antecipação para o 5º dia útil.
De acordo com o prefeito, a principal dificuldade encontrada para que o pagamento fosse efetuado no mês de dezembro foi o atraso nos repasses do Governo de Minas com o Município que, segundo ele, é de aproximadamente R$ 200 milhões.
Na coletiva de imprensa, Almas revelou que o valor da dívida ativa atual também compromete de forma significativa a gestão financeira do Município. Ele afirmou que o valor ultrapassa os R$ 500 milhões.
Gestão da crise financeira
Para diminuir os efeitos da crise financeira, a Prefeitura de Juiz de Fora anunciou no final do mês de novembro uma série de medidas e mudanças administrativas. Entre as principais alterações estão a incorporação de três secretarias a outras já existentes e possíveis demissões para este mês.
- a administração direta passa de 18 secretarias para 15;
- a administração indireta, de sete para seis unidades;
- fusão das secretarias de Atividades Urbanas e Meio Ambiente;
- criação da Controladoria Municipal, terá status de subsecretaria e ficará diretamente relacionada ao Gabinete do prefeito;
- a Comissão Permanente de Licitação (CPL) passa a pertencer à Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH);
- o Museu Mariano Procópio (Mapro) passa a fazer parte da Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa);
- criação de cinco Gabinetes Intersetoriais, para otimizar as políticas e ampliação da interface entre secretarias e cidadão.
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No início de agosto, a administração criou o Gabinete de Enfrentamento da Crise Fiscal (GECF). O objetivo era diminuir os impactos dos atrasos.
No final do mesmo mês, o grupo anunciou algumas medidas como recadastramento imobiliário, revisão dos alvarás e cadastro de estabelecimentos comerciais, redução da frota de veículos e a reestruturação administrativa da Prefeitura.
A expectativa era conseguir um montante de aproximadamente R$ 6,5 milhões com as ações.
Fonte: G-1 Zona da Mata