O ex-prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, foi condenado em mais um processo por improbidade administrativa. A decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias Municipais da Comarca de Juiz de Fora, prevê ainda o ressarcimentos dos cofres públicos.
No mesmo processo, os ex-secretários de Saúde da segunda administração dele também foram condenados. São eles: José Eduardo Araújo, também ex-prefeito que assumiu após saída de Bejani, e Maria Aparecida Soares.
Além deles, outras duas pessoas foram condenadas, juntamente com a empresa Radiotec Serviços Radiológicos LTDA.
A produção do MGTV tentou entrar em contato com os condenados e suas defesas, mas não conseguiu respostas com nenhum deles até o fechamento desta matéria.
De acordo com a ação, Bejani, os ex-secretários e a empresa e sua representante legal, Marisol Ribeiro Nazareth, respondiam pela contratação sem licitação de serviços de radiologia para unidades de saúde do município.
Após a decisão da Vara de Fazenda Pública, Bejani e os outros investigados tiveram seus direitos políticos suspensos por oito anos. Eles também ficam proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios e incentivos fiscais por cinco anos, além de ter que pagar multa de R$ 50 mil.
A empresa Radiotec também não poderá contratar com o poder público ou receber benefícios e incentivos fiscais por cinco anos, além de ter que pagar uma multa de R$ 200 mil.
Os condenados ainda podem entrar com pedidos de recursos e cabe à decisão da Justiça acatar ou não.
No final de janeiro deste ano, o ex-prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, voltou a cumprir pena em regime fechado por corrupção passiva. Ele foi condenado por receber vantagens indevidas para beneficiar uma construtora em licitações fraudulentas durante a primeira administração na Prefeitura, entre 1989 e 1992.
Na época, ele teve a progressão de pena revogada em decisão do juiz Daniel Reche da Motta, da Vara de Execuções Criminais (VEC) da cidade, por não ressarcimento dos cofres públicos.
Desde novembro de 2017, Bejani cumpria pena em regime semiaberto na Penitenciária José Edson Cavalieri, ou seja, ele tinha o direito de sair durante o dia para trabalhar e à noite retornava diariamente para dormir no presídio.
A pena dele foi de sete anos, nove meses e dez dias de reclusão, além de multa por 155 dias. O valor, que é calculado com base no salário mínimo, equivale a aproximadamente R$ 15 mil.
O então prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, foi preso duas vezes pela Polícia Federal durante a Operação Pasárgada, que investigava um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação de Municípios (FPM).
Na época, foi encontrado R$ 1,12 milhão na casa de Bejani, além de uma arma e munição. Ele acabou sendo autuado em flagrante por porte ilegal de armas e ficou 14 dias preso. No dia 16 de junho de 2008, Bejani renunciou ao cargo de prefeito.
Já em agosto do mesmo ano, o ex-prefeito da cidade, foi novamente preso durante a Operação “De volta para Pasárgada”. A Polícia Federal cumpriu 15 mandados de prisão, sendo sete preventivos e oito temporários.
Também em 2008, o Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra Bejani.
Segundo a Procuradoria da República em Minas, o ex-prefeito era acusado de irregularidades na execução de um convênio com o Ministério da Saúde para compra de uma ambulância.
Fonte: G-1 Zona da Mata