Ainda de acordo com informações da CPI, três veículos em atividade foram fabricados há 11 anos e estariam com a validade vencida. Além disso, também foram constatadas irregularidades nas documentações de algumas empresas, como a falta da certidão negativa de débitos e outras.
A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), a Ansal e Via JF, responsáveis pelo transporte público na cidade. (veja os posicionamentos no final da matéria)
Os dados foram revelados pelo presidente da CPI dos ônibus, o vereador Adriano Miranda (PHS), que investiga os transportes públicos na cidade, durante entrevista coletiva nesta segunda.
Segundo o vereador, foi feita uma investigação dos registros. “Fizemos as análises do documento e já apontamos alguns indícios de irregularidade”. Fizemos um detalhamento de cada frota, que foram enviadas pelos consórcios”, explicou. O processo tem até agora 15 mil páginas.
Em nota, a assessoria da Ansal informou ao G1 que não tem "nenhum carro com idade máxima acima do permitido". A empresa revelou ainda que como plano de renovação da frota adquiriu 30 novos ônibus, que têm previsão de chegada até o mês de abril deste ano.
A Settra, por sua vez, informou que "não tem nenhum veículo de transporte coletivo de data de mais de 10 anos de uso". A secretaria relatou ainda que a idade média da frota que está acima de cinco e que houve uma reunião em outubro na entidade com os dois consórcios da cidade.
Segundo a Settra, "o Via JF já apresentou um cronograma de renovação da frota e de regularização. Já o consórcio Manchester ainda não apresentou o cronograma e a Settra está aguardando este documento para tomar as devidas providências".
No dia 20 de fevereiro a Câmara Municipal prorrogou o prazo para o encerramento dos trabalhos da comissão. Com a decisão, a CPI passou a ter mais 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
O processo de investigação foi instaurado no dia 22 de novembro e a previsão inicial de encerramento era de 90 dias.
Fazem parte da Comissão os vereadores, Adriano Miranda (PHS), Cido Reis (PSB), Sargento Mello (PTB), José Márcio (PV) e Wanderson Castelar (PT).
O novo valor já está em vigor na cidade desde o dia 5 de novembro. O usuário, atualmente, paga R$ 3,35 por passagem. O bilhete único do transporte coletivo passou a custar R$ 5,02.
No dia 6 de novembro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu uma investigação para apurar o reajuste.
A planilha de cálculo tarifário para o transporte público foi discutida pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito e apresentada na Câmara Municipal.
Fonte: G-1 Zona da Mata