O Fórum Feminista 8M realiza um ato político e cultural nesta sexta-feira (8) em Juiz de Fora. A programação na Praça da Estação começou com um "café da manhã com prosa e panfletagem" e ainda terá um ato político e cultural às 17h. Em seguida, as participantes saem em marcha e se unirão ao desfile do Bloco Filhas de Elza.
"O oito de março é um dia de parar para se refletir sobre o papel da mulher na sociedade. A gente lança sementes. Algumas crescem, outras não. O importante é não desistir da luta pela igualdade e pela transformação da sociedade", disse a Diretora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Conselheira Nacional dos Direitos Humanos, componente do 8M e da União Brasileira de Mulheres (UBM), Cristina Castro.
O Fórum Feminista 8M tem como objetivo reunir mulheres, coletivos e entidades feministas em torno das principais lutas das mulheres. O movimento ocorre em outras cidades, com o lema "Greve Geral Internacional. Nossa Vida Vale Mais. Basta de Feminicídio. Tira Mão da Previdência".
Ela explicou que a escolha da Praça da Estação como local das ações foi uma forma de estar em uma referência de circulação do público a quem o evento se destina.
"Milhares de trabalhadores passam aqui todo dia. Estar na praça significa chamar a atenção para as mulheres, que elas são as guerreiras construtoras da sociedade. Lembrar que o 8 de Março se consolida pela luta de muitas mulheres pelo direito ao voto, trabalho, ao corpo à própria vida e essência enquanto ser humano", analisou Cristina.
Segundo Conselheira Nacional dos Direitos Humanos, homenagens são bem-vindas, mas precisam ter um significado mais profundo que apenas uma data no calendário.
"A gente chama a atenção para todo o trabalho feito pela mulher, inclusive aquele que 'minha mãe não faz nada, só fica em casa', uma prova da desigualdade que as mulheres sofrem ao cuidar de casa, criar filhos e trabalhar. O 8 de março é essencialmente de luta. Não é dia fofo de dar flor e presentes. Gostamos de flor e presente durante os 365 dias do ano", ressaltou Cristina Castro.
Fonte: G-1 Zona da Mata