Foi aprovada no fim de fevereiro na Câmara de Vereadores de Muriaé, uma lei que cria a Semana Municipal de Prevenção à Depressão. A norma, que ainda aguarda sanção do prefeito Ioanis Grammatikopoulos (Grego), determina a realização de uma programação na primeira semana de abril, junto com o Dia Mundial da Saúde.
De acordo com o projeto do vereador Evandro Cheroso (PR), o objetivo da criação do mesmo é a ampla divulgação de informações educativas sobre as formas de depressão, maneiras para prevenção e tratamento. A intenção, ainda, é realizar atividades de conscientização e orientação em locais de grande fluxo de pessoas, como os Postos de Saúde e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), além dos meios de comunicação.
O projeto cita dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a depressão afeta 4,4% de pessoas do mundo. O Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina, com 5,8% da população com depressão, o que significa mais de 11,5 milhões de pessoas.
Em janeiro, a reportagem do G1 mostrou os serviços públicos existentes nas cidades da região para atendimento de casos de saúde mental, entre elas, a depressão.
De acordo com a Prefeitura de Muriaé, os serviços especializados de saúde mental são o Centro de Atenção Psicossocial II (Caps II), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, modalidade 3, 24h (Caps Ad III), Unidade de Acolhimento e Ambulatório de Psiquiatria.
Os casos mais comuns são de depressão, transtornos de ansiedade e psicoses desenvolvidas por uso de crack, álcool e outras drogas.
A média é de mil atendimentos por mês, sendo cerca de 200 pessoas e/ou famílias no Caps II, 400 pessoas e/ou famílias no Caps AD III (24 horas), 400 pessoas atendidas individualmente no ambulatório de Psiquiatria e 15 acolhidos/residindo na Unidade de Acolhimento adulto.
Primeiro, a pessoa passa pela avaliação dos profissionais nas UBSs e no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf), da Secretaria Municipal de Saúde. Se houver necessidade, o paciente é encaminhado aos serviços especializados do município.
De acordo com a Prefeitura, o tratamento é feito de acordo com o diagnóstico, sendo estipulado um projeto terapêutico individual, levando em consideração todas as peculiaridades de cada caso.
A cidade ainda não conta com um Centro de Atenção Psicossocial Infantil. Crianças e adolescentes que apresentem algum diagnóstico de transtorno mental são avaliados e incluídos nos atendimento de uma equipe multidisciplinar à parte, em cada um dos Caps, II e AD III.
Fonte: G-1 Zona da Mata