“Terminamos a coleta de documentos referentes aos últimos seis meses. Ficou claro pelos dados preliminares que houve aumento da margem de lucro dos postos nos últimos três meses. Agora, vamos aprofundar na avaliação e buscar mais informações necessárias. Para isso, será fundamental a parceria com o Ministério Público (MP)', disse o superintendente Eduardo Schöreder ao G1.
Em fevereiro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu investigação para analisar os preços praticados nos postos da cidade. O promotor de Justiça e Coordenador do Procon Estadual, Amauri Artimos da Matta, disse que participou da audiência. “A Promotoria local junto com o Procon vai estudar os dados levantados e fazendo a análise legal, para se for o caso serem tomadas as providencias", explicou.
Entre os dias 17 e 23 de março, a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 13 estabelecimentos dos 72 postos de combustível existentes na cidade, verificou que os preços médios encontrados foram R$ 4,724 para a gasolina, R$ 3,213 para etanol e R$ 3,584 para o diesel.
O representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) esteve na audiência, mas não foi autorizado a dar entrevista.
O requerimento foi assinado pelos vereadores Vagner de Oliveira (PSC), Marlon Siqueira (MDB), Zé Márcio Garotinho (PV), Kennedy Ribeiro (MDB) e Júlio Obama Jr. (PHS). De acordo com os vereadores, chegaram várias reclamações na Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor.
"É público que, enquanto a nível nacional nas refinarias houve 17 quedas do preço do combustível, em Juiz de Fora em momento algum isso aconteceu. Não chega no bico da bomba essa redução de custo. Muito pelo contrário, temos dados fornecidos pela própria ANP que mostram que a gasolina em Juiz de Fora é uma das mais caras da região", destacou o vereador Zé Márcio Garotinho (PV)
Durante a reunião foi proposta a criação de um projeto de lei para que o consumidor possa comparar os preços de todos os postos de combustíveis pela internet, como explicou Marlon Siqueira (MDB).
“É o pontapé para uma discussão para que a gente possa atingir uma melhoria nesse preço para o consumidor. Vamos propor um projeto de lei para que esses preços dos 72 postos de combustíveis na cidade de Juiz de Fora fiquem no site do Procon, da Câmara, da Prefeitura para que a população tenha acessos e procure o preço melhor", explicou
Vários consumidores acompanharam a reunião. O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo, Júlio César Marques, cobram medidas para reduzir o preço do combustível na cidade.
"Isso afeta nosso serviço no dia a dia, onde desembolsamos muito dinheiro para pagar combustível para rodar 450 km só com um tanque. Todo dia pagando esse absurdo de preço do combustível é impossível. Queremos que tomem providências", reclamou.