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Polícia Civil apreende material de empresa falsificadora de água mineral em Contagem
REGIÃO
Publicado em 29/03/2019

 

Uma empresa que retirava água de cisterna e envasava com embalagens de marcas conhecidas de água mineral foi localizada pela Polícia Civil (PC), nessa quinta-feira (28), em Contagem, na Grande BH. Um homem, filho do dono do terreno onde funcionava a fábrica, e a esposa dele, fugiram do local ao notarem a chegada dos agentes. As investigações continuam. 

De acordo com o delegado Pedro Henrique Vieira, da 5ª Delegacia da cidade, a investigação teve início há quatro meses, após denúncias de provável falsificação do produto no bairro Capim Rasteiro, na área rural do município. 

A equipe da PC invadiu o local nessa quinta e apreendeu computadores, documentos e materiais de trabalho. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente foram acionados e irão acompanhar o caso. 

"Não nos foi apresentado nada pelo advogado da empresa, que não existe, de fato. O uso de cisternas é permitido para consumo próprio, mas sua exploração necessita de autorização do Igam, a nível federal, com controle de engenheiro químico, equipe com expertise para a produção e comercialização do produto; e da chancela da Secretaria Estadual de Meio Ambiente", relatou Vieira.

O sítio onde foram feitas as apreensões é de propriedade do pai do fugitivo. A suspeita é que os três estejam envolvidos com o crime. Um funcionário idoso foi encontrado no local, ouvido e liberado.

Crime duplo

A partir de agora, o material recolhido será periciado pela Polícia Civil. Os responsáveis pela fábrica podem ser detidos por exploração ilegal de recurso hídrico. 

Além disso, comerciantes que tenham vendido o item com ciência da origem também serão investigados por praticar fraude de preços mediante a adulteração de sinais externos ou do próprio produto em si. 

De acordo com o delegado, além do crime de exploração ilícita de água, os suspeitos passarão por inquérito por uso de selos falsos, que seriam de empresas conhecidas, o que está previsto na lei de crimes contra a relação de consumo. 

A Polícia Civil não divulgará o nome das marcas que tiveram os produtos copiados. A orientação é para que os consumidores procurem fornecedores confiáveis e não comprem água sem garantia de procedência.

 

Fonte: Hoje em Dia

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