A redução de feminicídios consumados foi ainda maior neste período: de nove em 2017 para três em 2018. A queda é 66,66%. Já as tentativas de homicídios contra mulheres na cidade apresentaram 9,1% de diminuição.

Esses resultados no decréscimo da violência doméstica em Juiz de Fora são reflexos do trabalho de prevenção realizado pela Polícia Militar (PM). São duas patrulhas que registram as ocorrências e depois voltam para acompanhar as vítimas e também os agressores.

Desde que o programa foi criado, há oito anos, já foram realizadas mais de 6,6 mil visitas. A partir desse trabalho, 1852 mulheres foram inseridas e acompanhadas pelos militares.

O objetivo da patrulha é reduzir os casos de violência contra a mulher, inclusive a possibilidade de feminicídios. E todas as visitas são acompanhadas por uma policial feminina.

Segundo a cabo Peterson Silva, se a mulher quiser, ela é inserida no programa e passa a receber os atendimentos de assistência.

"Esse nosso caso de segunda resposta é para tentar quebrar esse ciclo da violência. É para orientar o casal e conscientizar, conversar com os homens em nossas visitas e tentar quebrar essa cultura machista que nós temos em nosso país. Ele precisa entender que a mulher não é um objeto que ele pode bater e achar que está tudo certo porque ele é o homem da casa", explicou.

De acordo com a PM, os casos de violência doméstica vão além de agressões físicas: o crime começa com as agressões verbais.

Para a psicóloga Elisângela Pereira, a agressão verbal é o início da opressão da vítima. Conforme ela, pra evitar esse tipo de violência, é preciso ter atenção aos sinais no início do relacionamento.

Fonte: G-1 Zona da Mata