Os policiais Leonardo Soares Siqueira, de 43 anos, Marcelo Matolla de Resende, de 46, e Rafael Ramos dos Santos, de 30 anos, permanecem presos e aguardam a audiência de instrução do caso. O G1 procurou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para confirmar a data do procedimento e aguarda retorno.
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou os três policiais mineiros pelos crimes de latrocínio - roubo seguido de morte, organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude processual.
Para os promotores, o grupo de Minas Gerais armou uma emboscada para roubar os dólares que os empresários de São Paulo levaram para negociar na cidade mineira. No desfecho da negociação, houve um tiroteio e duas pessoas morreram.
Nesta quinta-feira, o G1 divulgou que O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, determinou que quatro policiais civis de São Paulo, que são dois delegados e dois investigadores, envolvidos no tiroteio voltem a trabalhar, mas sem armas.
No dia 19 de outubro, um tiroteio entre policiais civis de Minas Gerais e de São Paulo no estacionamento de um hospital em Juiz de Fora deixou um policial, de 37 anos, e um empresário, de 42, mortos. No local do crime, também estavam empresários e doleiros.
Sete policiais foram presos - quatro paulistas e três mineiros; um homem de 42 anos foi preso por homicídio e um idoso de 66, por estelionato tentado. Mais de R$ 14 milhões - a maioria em notas falsas - foram apreendidos, junto com armas, cartuchos, carros e distintivos.
Os policiais paulistas foram soltos depois que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca concedeu habeas corpus.
O que se sabe sobre o tiroteio
Por volta das 16h daquela sexta, um tiroteio no estacionamento de um prédio anexo do Hospital Monte Sinai mobilizou as polícias Militar (PM) e Civil de Juiz de Fora. A informação inicial era de que a ocorrência envolvia policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais.
O policial de Juiz de Fora, Rodrigo Francisco, morreu no local e duas pessoas não identificadas ficaram feridas e foram atendidas na unidade hospitalar. Uma delas teve alta e a outra morreu no dia 25 de outubro.
A investigação mostrou que empresários de SP e um doleiro de MG também estavam envolvidos na ocorrência. Os tiros começaram por causa de um "desacerto" entre por causa de R$ 14 milhões em notas falsas que o doleiro levava.
Para os promotores, o grupo de Minas Gerais armou uma emboscada no mês de outubro para roubar os dólares que os empresários de São Paulo levaram para negociar na cidade mineira. No desfecho da negociação, houve um tiroteio e duas pessoas morreram.
Nove policiais e dois empresários de São Paulo;
Cinco policiais, um empresário, um advogado, um motorista, um comparsa e outra pessoa ainda não identificada de Minas Gerais.
Quatro policiais civis de São Paulo - os investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda e os delegados Bruno Martins Magalhães Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa - tiveram a prisão ratificada por lavagem de dinheiro. Eles foram soltos depois que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca concedeu habeas corpus.
Três policiais civis mineiros - Leonardo Soares Siqueira, Marcelo Martolla de Resende e Rafael Ramos dos Santos. Eles foram transferidos para a Casa de Custódia, em Belo Horizonte.
Antônio Vilela, apontado como o proprietário do dinheiro falso, responderá pelo estelionato tentado. Ele estava no Ceresp de Juiz de Fora e, de acordo com a Seap, foi levado para um presídio em Ribeirão das Neves (MG).
De quem eram os R$ 14 milhões em notas falsas?
O dinheiro falso pertencia ao doleiro mineiro Antônio Villela.
Além do dinheiro falso, foram apreendidas 16 armas, 16 celulares, um colete contra arma de fogo de uso restrito, distintivo de delegado da Polícia Civil e cartuchos, além de um cartão bancário e uma carteira de habilitação.
O policial civil de Juiz de Fora, Rodrigo Francisco, de 37 anos, morreu no local. O corpo dele foi velado e sepultado no Cemitério Municipal da cidade. Ele deixa esposa e uma filha de cinco anos.
O empresário, Jerônimo da Silva Leal Júnior, de 42 anos, morreu no dia 25 de outubro. Ele era dono de uma empresa de segurança e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Monte Sinai.
Fonte: G-1 Zona da Mata