A criança foi internada no dia 19 de abril e estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI). A morte foi registrada na noite desta quinta-feira (25).
O MG2 mostrou que, depois que a Secretaria Municipal de Saúde notificou o caso como meningite bacteriana, medidas preventivas foram adotadas, inclusive no Instituto Estadual de Educação (IEE) onde a menina estudava. O caso gerou preocupação em pais, responsáveis e a equipe de ensino.
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, houve coleta de material na terça-feira (23) para o exame na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, que vai identificar qual bactéria causou a doença. A previsão é que o resultado saia em dez dias. E que adotou os procedimentos com quem interagiu com a criança, tanto na família quanto na escola.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o caso está em investigação, que a Vigilância Municipal de Saúde tem prazo de 60 dias, a partir da notificação, para encerramento do caso. E ainda que todas as medidas preventivas recomendadas foram realizadas.
De acordo com a funerária, o sepultamento está previsto para o início da tarde desta sexta (26) no Cemitério Municipal.
De acordo com o relato do diretor da escola, a menina reclamou de dor de cabeça e dor de ouvido no dia 17. A vice-diretora e a supervisora chamaram os familiares para buscá-la.
A Santa Casa informou que a criança deu entrada no dia 19 de abril. Nos últimos dias, ela estava no CTI Infantil e o caso era considerado grave.
A médica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Rodrigues, explicou que a criança apresentou sintomas da doença
"Meningite é um processo inflamatório, infeccioso, das meninges, que são as membranas que envolvem o sistema nervoso central. Vários agentes podem causar este processo, seja vírus, bactérias, fungos. A meningite bacteriana tende a ser a mais grave. Essa criança tem um histórico de ter apresentado febre, dor de ouvido, vômito. Foi levada para atendimento e teve uma piora abrupta, súbita, ficou realmente grave. Foi levantada a hipótese de meningite, o que foi confirmado posteriormente", disse ao MG2.
É o primeiro caso bacteriano registrado na cidade em 2019. Os quatro anteriores eram de tipos não contagiosos, segundo a Vigilância Epidemiológica.
Por medida de segurança e seguindo protocolo adotado do Ministério da Saúde, profissionais da Secretaria de Saúde estiveram na escola e ministraram antibiótico aos 28 colegas de sala, a professora e aos pais, entre outras pessoas selecionadas segundo critérios técnicos.
Também foi realizada uma palestra para os pais dos demais alunos, como forma de esclarecer dúvidas e orientá-los.
A Secretaria de Saúde reforçou que foi uma medida de cuidado absoluto, "porque não se sabe ainda a bactéria; a quimioprofilaxia é indicada nos casos de meningites bacterianas causadas por Neisseria meningitidis (Meningococo) ou por Haemophilus influenzae".
As vacinas estão disponíveis nas rede pública de saúde. O calendário básico de vacinação pode ser acessado no site do Ministério da Saúde.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2019, foram confirmados 149 casos de meningite e 19 mortes pela doença em Minas Gerais. No ano passado, foram 1.014 casos e 129 mortes. Já do tipo meningocócica foram 10 casos com 4 mortes neste ano e 73 casos com 23 mortes em 2018
Em 2019, na Zona da Mata e Campo das Vertentes foram registrados:
- São João del Rei e Barbacena: 2 casos cada
- Juiz de Fora, Ubá e Leopoldina*: 1 caso cada
Ainda conforme o Estado, houve mortes em São João del Rei, Leopoldina* e por meningite meningocócica em Barbacena.