Profissionais de diversas áreas e estudantes participam na manhã desta sexta-feira (14) de uma manifestação, em Juiz de Fora, contra a reforma da Previdência e os cortes do governo na educação. O grupo se reúne no Parque Halfeld desde as 9h; vários serviços foram paralisados para o protesto.
De acordo com uma das organizadoras do movimento, Laiz Perrut, que é representante da Marcha Mundial das Mulheres, a paralisação tem o objetivo de protestar contra as medidas do governo que segundo ela, retiram direitos da classe trabalhadora.
"A população não está satisfeita com o que está acontecendo em Brasília, com a retirada de direitos que a reforma da Previdência vai causar e, além disso, o corte de verbas na educação também é denúncia na nossa greve geral de hoje", destacou.
O diretor nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Cosme Nogueira, também ressaltou que o movimento é formado por sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais com o intuito de barrar a reforma que, para ele, é prejudicial para os trabalhadores.
"Nossa pauta principal é contra a reforma da Previdência, que está penalizando os trabalhadores, principalmente aqueles que ganham até três salários mínimos, e beneficiando os banqueiros. Porque a concepção do projeto do governo quebra o conceito de seguridade social e implementa um sistema de capitalização. Não somos contra a reforma, mas contra a reforma nos moldes em que ela se apresenta", detalhou.
Após a concentração, às 10h32, os organizadores do movimento convocaram os manifestantes para saírem em direção à Avenida Barão do Rio Branco, onde o trânsito foi fechado nas três pistas, o que ocasionou transtornos para motoristas e retenção no tráfego.
JUIZ DE FORA, 10h37: manifestantes bloqueiam a Avenida Rio Branco — Foto: Roberta Oliveira/G1
JUIZ DE FORA, 10h42: manifestantes bloqueiam a Avenida Rio Branco e trânsito fica complicado — Foto: Roberta Oliveira/G1
Em seguida, às 10h52, o movimento se concentrou na pista lateral da Avenida Rio Branco no sentido do Bairro Manoel Honório, as demais pistas foram liberadas. O grupo seguiu caminhando e com gritos de ordem sobre as pautas principais do protesto e também pedindo a liberdade do ex-presidente Lula, que segue preso em Curitiba (PR).
JUIZ DE FORA, 11h03: manifestantes com faixa na Avenida Rio Branco — Foto: Roberta Oliveira/G1
Os manifestantes seguiram em caminhada pela avenida e às 11h11 chegaram ao cruzamento com a Rua Marechal Floriano Peixoto. Em todo o caminho, eles fizeram uso do carro de som para protestar contra a reforma e os cortes. A Polícia Militar (PM) acompanha o movimento e controla o trânsito.
JUIZ DE FORA, 11h25: manifestantes passam pelo cruzamento com a Rua Floriano Peixoto — Foto: Roberta Oliveira/G1
Às 11h33 o grupo chegou ao cruzamento com a Avenida Getúlio Vargas. Neste momento, a organização estimou que 20 mil pessoas participam do movimento. O G1 solicitou a estimativa da PM, mas foi informado que por determinação do comando os policiais não divulgariam a quantidade de público presente. Nenhuma ocorrência foi registrada até o momento.
Além do trânsito fechado na Avenida Rio Branco, sentido Manoel Honório, às 11h40 o tráfego de ônibus também ficou comprometido no sentido Centro. O trânsito ficou complicado devido ao grande número de ônibus que utilizam a via e precisam realizar a conversão para a Avenida Getúlio Vargas, impedida devido aos protestos.
JUIZ DE FORA, 11h40: fila de ônibus se formou na Avenida Rio Branco — Foto: Roberta Oliveira/G1
Às 11h45 os policiais realizam uma ação para controlar o tráfego de veículos no cruzamento entre a Rua Silva Jardim e as avenidas Rio Branco e dos Andradas. Os manifestantes chegaram às 12h ao mergulhão. Eles se concentram no cruzamento entre a Rio Branco e a Rua Barão de Cataguases. A avenida voltou a ficar interditada nas três pistas.
O trânsito na Avenida Rio Branco segue interditado às 12h25 e um grupo de manifestantes também foi em direção à Avenida dos Andradas, que também está fechada no cruzamento com a Rua Barão de Cataguases.
JUIZ DE FORA, 12h32: manifestantes iniciam dispersão na Rua Barão de Cataguases — Foto: Roberta Oliveira/G1
Às 12h32 o protesto foi oficialmente encerrado. Os manifestantes liberaram a Avenida Rio Branco e iniciaram a dispersão do movimento através da Rua Barão de Cataguases. Alguns integrantes, no entanto, seguiram interrompendo o trânsito na Avenida dos Andradas, que foi liberada após conversa com os policiais que acompanhavam a manifestação.