Órgãos de Saúde discutem ações de enfrentamento ao Sarampo e Influenza
17/06/2019 06:06 em REGIÃO

 

A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases e a Secretaria Municipal de Saúde, promoveram uma Reunião Técnica para discutir ações de enfrentamento do sarampo e da influenza no município. O evento aconteceu na tarde do dia 11 de junho, na Casa de Maria e teve como público alvo médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde, Pronto-Socorro e consultórios. O motivo foi a notificação de um caso de sarampo no município vizinho, Leopoldina, dois casos notificados e um confirmado em Cataguases, de Influenza. A informação é da Secretária Municipal de Saúde de Cataguases, Daniela Rezende Coelho. Ela afirmou que a secretaria está muito atenta e cautelosa para evitar casos da doença.

“No nosso município estamos controlando bem, no caso da influenza temos uma média de 82% da população vacinada, mas é necessário que as gestantes e as crianças se dirijam aos postos para se vacinarem, porque, para essa população específica, as taxas ainda estão baixas. Alerto que todos dos grupos de risco devem colocar seus cartões de vacina em dia. Quanto ao sarampo, não tivemos casos nem notificações, mas com a possível existência de um caso em Leopoldina, resolvemos fazer a reunião como forma de prevenção, treinamento e alerta, assim podemos bloquear e evitar casos no município”, explica.

O Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases e também Presidente do Conselho Municipal de Saúde, médico Joseph Antônio Freire, considerou o encontro proveitoso e acredita que, com treinamento e profissionais informados, novos casos serão evitados. “É importante lembrar que ano passado tivemos cinco casos notificados de Influenza com três óbitos. Este ano apenas um caso e sem óbitos. A pessoa que apresentou a doença estava fora do grupo de risco do Ministério da Saúde e graças a equipe médica do Hospital Cataguases, que agiu prontamente, esta paciente está salva”, afirmou.

O enfermeiro Referência Técnica em Agravos Transmissíveis da da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, Rodrigo Buonincontro Ribeiro, realizou a palestra do encontro. Ele é Coordenador do Setor do Núcleo de Vigilância Epidemiologia, Ambiental e Saúde do Trabalhador daquela GRS e dá suporte para 15 municípios do entorno de Cataguases. Rodrigo falou principalmente sobre a importância e necessidade das pessoas estarem vacinadas.

“Temos as vacinas contra a Influenza. Ela é mais específica para idosos, crianças e pessoas do grupo de risco e deve ser tomada anualmente, já que o vírus sofre mutações. Já a vacina tríplice viral protege contra Sarampo, Caxumba e Rubéola. Quanto ao Sarampo, é preciso enfatizar que no Estado de Minas temos quatro casos de pacientes confirmados com a doença e a única forma de prevenção é a vacina”, afirma.

Aquele especialista explica que pessoas até 29 anos de idade devem tomar duas doses da vacina e acima desta idade, até 49 anos, inclusive, pode se vacinar apenas uma vez. A primeira dose deve ser a partir de 12 meses. “A reunião foi muito importante porque tivemos a oportunidade de mostrar o cenário epidemiológico da Influenza, alinhamos o protocolo de assistência e uso do medicamento, Tamiflu. Trocamos muitas informações e foi muito produtivo. Mas a população tem que entender que é necessário que todos façam sua parte: levar o cartão de vacina até os postos de saúde mais próximo de casa e verificar se precisa tomar alguma vacina.”

A vereadora e médica ginecologista Maria Ângela Girardi fez questão de comparecer ao encontro para se atualizar. “É sempre bom vir aos eventos porque tratam-se de pessoas muito atuantes e com ótimas ideias. Agora, por exemplo, me deram a ideia de avisar nos grupos de médicos que temos poucas gestantes do particular vacinadas contra a Influenza, então já joguei o alerta naquele grupo informando que o índice em nossa cidade está em 58% e a meta é 90%. Medidas como esta, podem fazer muita diferença. Atentar para pequenos gestos é muito importante. Temos casos de sarampo no município de Leopoldina. Até poucos anos atrás o Brasil, que era tido como país sem casos da doença, agora já contabiliza alguns casos. Muito em função das redes sociais, que tem grupos contrários a vacinação, mesmo havendo abundantes evidências científicas a favor da vacinação e isso é muito perigoso. Outro fator que acrescentamos é a imigração descontrolada”, analisou a médica e também vereadora.

Fonte e foto: Folha do Sudeste/ Marcelo Lopes

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