Um projeto desenvolvido em Juiz de Fora para ajudar mulheres que fizeram mastectomia recebeu uma premiação internacional. O 6° Congresso Científico Internacional de Micropigmentação ocorreu nos dias 25, 26 e 27 de maio no Rio de Janeiro. O G1 conversou com o vencedor do prêmio, Wbyster Lopes, de 25 anos, que é fisioterapeuta e desenvolveu o projeto durante a pós-graduação em Fisioterapia Dermatofuncional e Cosmetologia.
A ação busca explicar a importância do conceito na reconstrução do complexo aréolo-papilar de mulheres mastectomizadas, avaliar a melhora na qualidade de vida e a autoestima, além do resultado estético da paciente após a reconstrução.
Realização
De acordo com Wbyster Lopes, o estudo de caso foi desenvolvido com uma voluntária do sexo feminino, de 47 anos, com diagnóstico clínico tratado e curado de Carcinoma Ductal Infiltrante - um tipo de câncer invasivo.
Segundo ele, a ideia surgiu com o intuito de explicar, de forma científica, uma nova área de conhecimento que surgiu com força total atuando em diversas áreas do corpo dermopigmentação.
"O projeto é de extrema importância para a sociedade e principalmente para a saúde das mulheres mastectomizadas, visto que hoje o profissional dermopigmentador é um profissional de primeiro contato, estando em contato direto com o público feminino, cabendo a ele alertar sobre a importância da realização de exames preventivos e principalmente do autoexame."
Conforme o fisioterapeuta, participar do congresso foi uma experiência única. "Me senti muito realizado em poder mudar a concepção do congresso e principalmente plantar um sementinha de conhecimento e responsabilidade social na vida daqueles profissionais", conta.
Qualidade de vida
Durante o trabalho científico, foi realizado em mulheres mastectomizadas, a reconstrução do complexo aréolo-papilar. Ao G1, Lopes contou que os resultados foram significativos.
Wbyster Lopes, de 25 anos, com o prêmio do 6° Congresso Científico Internacional de Micropigmentação — Foto: Wbyster Lopes/Arquivo Pessoal
"Todas elas, assim como os participantes da pesquisa, verificaram a mudança na qualidade de vida, autoestima, aprenderam a lidar melhor com a 'neomama' e acharam o procedimento muito seguro e indolor. Além disso, todos os participantes indicariam esse procedimento para outras pacientes".
A intenção de Lopes, é ampliar o atendimento em parcerias com hospitais e associações que são referência no tratamento do câncer de mama. "As pacientes serão avaliadas e estando aptas a reconstrução do complexo aréolo-papilar, serão convidadas para realização do procedimento".
Quem quiser participar, deve entrar em contato através do telefone (32) 99934-1674 ou pelo aplicativo Instagram: @wbyster.
Fonte: G-1 Zona da Mata