O acidente ocorreu no último sábado (20), na Praça Jorge Carone Filho, e nesta quinta a assessoria da Polícia Civil confirmou que foi aberto um inquérito para apurar o caso na Delegacia de Visconde do Rio Branco.
Segundo a mãe do garoto, Jéssica Luana dos Santos, ele estava jogando bola na praça quando uma linha enrolou na perna dele e um carro passou, puxando e fazendo o menino cair e se ferir. A avó, Solange Maria dos Santos, disse que outra criança estava com o neto e ele soltava pipa.
No Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), testemunhas e o motorista do carro afirmaram que nem Lorran e nem outras crianças que estavam no local brincavam com pipas, cerol ou linha chilena.
EM BETIM ( GRANDE BH ) OUTRO CASO DRAMÁTICO
Ontem, chegou ao fim o sonho do garoto Gabriel Nascimento, de 15 anos, de ser um famoso e ovacionado jogador de futebol profissional. Ele também teve uma perna amputada, logo acima do joelho, numa cirurgia de quase duas horas de duração no Hospital Regional de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A perda do membro inferior foi alternativa para evitar o óbito do adolescente, que ao voltar de um treino de futebol, no sábado, foi ferido por linha chilena, ficando entre a vida e a morte. Guardas municipais de cidades da Grande BH estão passando um pente-fino em ruas, avenidas e comércios atrás de quem usa ou vende materiais proibidos para soltar pipa. Neste mês, apenas em Betim, 130 kits de papagaios com carretéis de linha chilena ou cerol foram apreendidos.
O menino caminhava na direção do estabelecimento comercial dos pais quando se deparou com uma linha chilena esticada na rua. “Gabriel continuou andando, quando veio o ônibus, a linha se enroscou nele e acertou a perna do meu filho”, conta a comerciante Regina Alves Rosa Nascimento, de 45. O menino foi socorrido por uma enfermeira e dois motociclistas que passavam pelo local e chamaram o Samu. Ele chegou ao hospital em choque e sangrando muito, em risco iminente de morte.
O ferimento ocorreu na parte traseira do joelho. Gabriel passou por uma cirurgia, foi para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), mas no dia seguinte teve complicações e precisou entrar novamente no bloco cirúrgico. “Pela lesão do nervo e das partes moles e da extensão no músculo, concluímos que ele não teria um membro funcional e optamos pela amputação”, informou o cirurgião vascular Fernando de Assis. Se passar bem as primeiras 48 horas, o menino deve ter alta dentro de quatro dias.
Fontes : G1 Zona da Mata e Estado de Minas/ Kadu Fontana