Estudante que seria alvo de aluno armado na UFJF não está mais em Juiz de Fora
REGIÃO
Publicado em 28/08/2019

 

A estudante que seria o alvo de um aluno do curso de Letras-Libras, que levou uma arma para a sala de aula no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Juiz de Fora, deixou a cidade. A informação consta na ata da reunião do Conselho de Unidade realizada no início de junho, que discutiu o assunto.

MG2 teve acesso ao documento relativo ao caso, que corre em segredo de justiça, e divulgou o assunto nesta terça-feira (27). A reportagem não conseguiu contato do aluno ou da pessoa responsável pela defesa dele. Por isso, o nome do aluno não será divulgado.

Segundo o documento, foi feito um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM), a que o G1 e o MG1 tiveram acesso. E houve denúncias registradas nas polícias Civil e Federal para apurar a situação, que ocorreu em maio deste ano. A reportagem solicitou informações a estas autoridades e aguardam retornos.

Em nota divulgada nesta terça (27), a UFJF informou que considera o caso como resolvido e que a denúncia foi tratada durante uma reunião acadêmica, administrativa e de segurança interna e policial. A reportagem espera outras respostas de novos questionamentos feitos sobre o caso à instituição.

 

Apuração de ameaça

 

Numa reunião ocorrida no dia 7 de junho, professores discutiram a situação registrada no curso, uma semana antes, mas não informam claramente a data.

Na ata consta que uma professora explicou que foi procurada pelo aluno, que pediu uma reunião entre a estudante e outra professora. "Ele começou a chorar dizendo que estava pensando muito na aluna e que na quinta-feira anterior havia levado uma arma de fogo para a sala de aula com o intuito de atirar na colega", diz o texto.

O aluno ainda explicou que a professora que estava dando aula viu a arma e pediu para que o aluno se acalmasse e fosse embora. Ele atendeu ao pedido. A docente confirmou aos colegas a versão do aluno e relatou que "ficou muito assustada".

A representante do Centro Acadêmico explicou que receberam o e-mail de uma aluna relatando ter sofrido assédio moral por parte do estudante. A ata não deixa claro se é a mesma vítima.

Uma das professoras que acompanhou o caso teria informado a família da aluna que ela corria perigo. Por questão de segurança, ela foi embora de Juiz de Fora, está estudando pela internet e vai pedir mobilidade acadêmica.

Conforme registrado na ata, diante "da gravidade dos fatos", não caberia mais um processo de reconciliação entre as partes, mas um processo sigiloso para apurar os fatos e analisar a conduta do aluno.

No documento também consta que o reitor Marcus David procurou a Polícia Militar (PM) e fez um boletim de ocorrência, no dia 30 de maio, explicando que recebeu a informação sobre o fato que teria ocorrido uma semana antes. A PM orientou que fosse solicitada à equipe de vigilância para ficar de sobreaviso em relação ao aluno.

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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