Romeu Zema ainda não aponta solução para Hospital Regional
10/12/2019 05:21 em REGIÃO

 

Em passagem por Juiz de Fora no último sábado (7), o governador Romeu Zema visitou as redações da Tribuna e da Rádio CBN Juiz de Fora. Durante sua visita à cidade, o governador reforçou entendimento de que a política de desburocratização objetivada por sua gestão pode resultar no aporte de recursos de investidores na região. “Estamos conseguindo avançar em muitos pontos que não dependem de recursos. Em 2019, assinamos protocolos de intenção de investimentos de R$ 50 bilhões. O último governo (do ex-governador Fernando Pimentel, PT), em quatro anos, trouxe R$ 28 bilhões. Isso significa que nós vamos ter muito mais investimentos no Estado”, projetou.

“Agora quando se fala de investimento, construir estradas, construir hospitais, construir pontes escolas… isso, infelizmente, nós não temos como projetar, porque o Estado sequer tem condições de pagar em dia”, sentenciou. Sobre a intenção manifestada em momentos anteriores de tentar viabilizar um modelo de parceria junto à iniciativa privada para viabilizar as obras do Hospital Regional, que se encontram paradas em Juiz de Fora, o governador afirmou que ainda não há novidades concretas.

 

“Estamos negociando uma compensação pela tragédia de Brumadinho com a Vale. É provável que possamos, através dessa compensação, arcar com uma série de melhorias no estado. Dentre elas, nós estamos prevendo a construção de alguns hospitais regionais. Mas isso ainda está em uma etapa embrionária. O Ministério Público está contribuindo nessa questão, pois é quem faz a investigação que propõe um acordo. Mas isso está sendo costurado junto conosco. Deveremos ter novidades no ano que vem. E algumas obras no Estado, que serão originadas dessa compensação, que a empresa vai pagar”, considerou Zema.

13º salário de servidor

Segundo o governador, o Estado ainda não tem uma data definida para quitar o 13º salário do funcionalismo público, o que será realizado com recursos da Codemig, oriundos da venda de créditos da comercialização do nióbio entre 2020 e 2032. Tal operação comercial foi aprovada esta semana pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

“Eu sempre digo que, como quem vai pegar um empréstimo para construir um prédio, não é só ir lá no banco entregar os papéis e sair com dinheiro. Sempre leva um tempo. Essa operação gira em torno de R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Logo, demanda muito mais burocracia do que uma operação de valor menor. Eu continuo confiante que ela saia esse ano. Mas, como é algo cuja gestão não depende do meu Governo, eu não posso precisar data.”
A operação financeira também irá possibilitar que o governo pague os salários dos servidores estaduais em parcela única tão logo seja viabilizada. Todavia, a solução é provisória e, aos olhos do governador, uma equação definitiva só ocorrerá quando o Estado avançar em uma agenda reformista e na consolidação do plano de recuperação fiscal defendido pela Administração.

Avaliação de mandato

Às vésperas de completar o primeiro ano de se mandato, Zema foi convidado a fazer uma autocrítica sobre a experiência e a comentar alguns recuos feitos durante a gestão em relação a seu discurso de campanha, como a manutenção do pagamento de jetons a secretários estaduais, por exemplo. “Reconheço que nós cometemos erros”, afirmou, citando, por exemplo, a proposta de que ele, o vice-governador Paulo Brant (Novo) e o primeiro escalão de seu governo abririam mão de seus salários até que os vencimentos dos servidores estaduais fosse regularizado. “Eu reconheço que errei nessa questão aí de falar que o secretariado não iria receber. Agora, vale lembrar que, na questão dos jetons, discordo em parte. Hoje quem está nos conselhos das estatais são pessoas altamente capacitadas e que têm contribuído. Não estão lá como cabide de emprego”, avaliou.

“Outro ponto em que fui muito criticado, mas aí eu acho que vale uma interpretação, foi quando falei que ia acabar com a farra dos voos aéreos. De fato, acabei. Esse ano, devo ter usado a aeronave cinco vezes menos do que o último governador. Mas parece que teve gente que interpretou que eu não iria usar aeronave hora alguma, mas em alguns momentos preciso usar”, pontuou. Por outro lado, o governador afirma que trabalha para ser um exemplo de austeridade para a Administração.

“Não fui morar no Palácio das Mangabeiras e aluguei uma casa próxima da Cidade Administrativa. O antigo governador tinha 32 empregadas no Palácio. Eu tenho zero. Na minha casa, tenho uma diarista que vai lá duas vezes por semana e resolve o problema. Sou eu quem pago. Tenho sido, com toda certeza, o governador mais econômico que o Estado já teve. Agora, as pessoas sempre pegam naquilo que ficou em desacordo. Mas eu te diria que 98% está de acordo com aquilo que nós propusemos. Estamos fazendo uma gestão que está tornando o Estado muito mais eficiente e o tempo com toda certeza vai mostrar isso.”

 

Fonte: Tribuna de Minas

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!