O Dia de São Sebastião, 20 de janeiro, é celebrado anualmente pela Igreja Católica e nas cidades sob sua proteção. A Diocese de Leopoldina possui 09 paróquias e 39 comunidades que levam o nome do santo. Além disso, ele é padroeiro de 7 municípios de sua área episcopal: São Sebastião da Vargem Alegre, Volta Grande, São Geraldo, Rodeiro, Piraúba, Eugenópolis e Leopoldina.

A devoção da população ao mártir e Santo Cristão é expressada de diversas formas, uma delas é a preservação da tradição de celebrar o Dia de São Sebastião. As programações das paróquias são diversas, mas tem em comum a organização de novenas, procissões, missas, leilões, almoços, entre outras ações recreativas.

Em São Sebastião da Vargem Alegre, por exemplo, a programação contou ainda com apresentações musicais em praça pública. A cidade recebeu a visita no dia 18 de janeiro de 2020 do padre Antônio Maria, cantor muito conhecido em todo o Brasil.  

Festa de São Sebastião na sede de bispado.

A antiga Igreja Matriz de São Sebastião, hoje Catedral,  foi criada em 27 de abril de 1854 pela mesma lei que elevou o Distrito de São Sebastião do Feijão Cru à condição de Município de Leopoldina.

Para celebrar o padroeiro do município e do principal templo católico da Diocese de Leopoldina, a Paróquia Catedral de São Sebastião organizou novenas entre os dias 11 e 19 de janeiro, com temas e reflexões sobre a vida do mártir soldado.

Já no dia 20 de janeiro, a programação teve início às 7:00, com uma celebração de missa na Catedral presidida pelo Pe. Flávio da Silveira de Souza; Em seguida, uma carreata com a imagem do santo percorreu as principais ruas centrais da cidade até o Parque de Exposições José Ribeiro dos Reis, onde aconteceu outra missa, dessa vez, celebrada pelo Pe. Valtenir de Lima e Silva. Almoço, leilão, barraquinhas de prendas e muita alegria também fizeram parte das festividades.

 

Militares carregando a imagem de São Sebastião

Enéas de Souza Guerra tem 69 anos de idade e frequenta as missas da Catedral de São Sebastião desde criança.  Hoje ele é dizimista e um dos voluntários da Igreja que ajudam nas tarefas para organização da festa. É devoto de São Sebastião e outros santos e se diz agradecido por todas as graças alcançadas.

Já a senhora Lina Machado tem 104 de idade e fez questão de assistir à missa de São Sebastião. Ela é devota de Santo Antônio, pois casou-se numa igreja com o mesmo nome, no Distrito de Tebas, em Leopoldina, com o militar e ex-combatente da segunda guerra mundial Walter de Paiva Brito. De certa forma, ela homenageou o saudoso marido marcando presença festa, pois, São Sebastião, é também padroeiro dos militares. Muito religiosa, assiste missas pela televisão e está ansiosa para a posse do novo bispo diocesano.

Homilias

Na última novena da Catedral de São Sebastião realizada no dia 19 de janeiro, com o tema São Sebastião na Glória do Céu, tendo como responsáveis pela liturgia a Adolescência Missionária Salesiana, Pastoral da Crisma e Catequese, o Pe. Flávio da Silveira de Souza falou sobre a consciência de saber quem é Jesus e a necessidade de conhecer a Palavra de Deus. Lembrou que Ele morreu por nós e trouxe a santificação para a vida eterna. Pe. Flávio citou o exemplo de São Sebastião, que soube ser fiel, não se preocupando com o sofrimento e com a morte, pois, algo maior estava reservado para ele, ou seja, a Glória do Céu que o santificou.

 

Pe. Flávio da Silveira de Souza

Na celebração realizada no dia 20 de janeiro, no parque de exposições de Leopoldina, o Pe. Valtenir de Lima e Silva, da Paróquia São José do Operário de Leopoldina, falou da alegria de celebrar o momento, pois, São Sebastião, foi um exemplo de santidade.  Portanto, é um santo popular cujo fiéis buscam interseção para a graça. Disse ainda que a coragem e disposição de São Sebastião deve ser exemplo de fé em Jesus, através do anúncio de sua palavra.

 

Ao centro, Pe. Valtenir de Lima

São Sebastião

Ele foi um mártir soldado que viveu no século III d.C e morreu porque não quis negar a sua fé em Cristo, quando sofreu pressão do imperador Diocleciano. (conheça a biografia).

Já no século IV, o imperador Constantino, convertido ao cristianismo, mandou construir uma basílica para abrigar o corpo de São Sebastião. Conta-se que a partir do translado de suas relíquias, uma epidemia que assolava Roma desapareceu e ele passou a ser venerado como santo padroeiro contra a peste, fome e a guerra.