Quem vive em áreas de inundação em Belo Horizonte também se mobiliza como pode para evitar tragédias provocadas pelas fortes chuvas. Que o diga a dona de casa Márcia Gomes da Costa, voluntária responsável há seis anos por interditar, com cones, a avenida Teresa Cristina, na esquina com a Presidente Castelo Branco, na região Oeste da cidade.
Desde a emissão do alerta das tempestades previstas para amanhã, ela percorre casas de vizinhos para indicar um trajeto de escape a ser percorrido quando a água começar a cair. Hoje, a moradora irá até a Vila Maracas, também afetada pelas cheias, para orientar a comunidade.
A ideia é que todos deixem os imóveis o mais rápido possível. “Já não durmo, pois estou com muito medo. Dizem que será pior do que a de domingo. Então, estamos preparando os moradores para, assim que começar a chover, dar o alerta para todos saírem de casa. A comunicação é via rádio, que foi cedido pela prefeitura e fica em posse de algumas pessoas”, contou Márcia.
Reivindicações
Na quarta-feira, pessoas que vivem às margens da Teresa Cristina foram até a porta da prefeitura pedir a adoção de medidas emergenciais de reparação dos danos causados pelas cheias na avenida. Em nota, a PBH disse que não havia reunião agendada para tratar sobre o assunto.
Pontos críticos
Um verdadeiro esquema de guerra é montado na capital para amenizar os efeitos dos fortes temporais esperados para amanhã na cidade. O risco de chover 100 milímetros (mm) levou a prefeitura a pôr em prática um plano emergencial, que inclui caminhões e retroescavadeiras de prontidão em 11 áreas críticas e até reservas em pousadas para atender possíveis desabrigados.
Hoje e amanhã, um comitê gestor vai atuar no Centro Integrado de Operações (COP-BH). De lá, o grupo, que conta com o prefeito Alexandre Kalil, vai monitorar a evolução das precipitações.
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Fonte: Hoje em Dia