Prefeitura de Juiz de Fora sanciona lei de concessão do Aeroporto da Serrinha para iniciativa privada
REGIÃO
Publicado em 31/01/2020

 

O prefeito Antônio Almas (PSDB) sancionou nesta quinta-feira (30) a lei que concede uso de direito e exploração do Aeroporto Municipal Francisco Álvares de Assis - o Aeroporto da Serrinha para a iniciativa privada. A decisão foi publicada no Atos do Governo da Prefeitura de Juiz de Fora nesta sexta-feira (31) e já está em vigor.

O projeto, de autoria do Executivo, foi aprovado em reunião extraordinária na Câmara Municipal no dia 15 de janeiro e prevê que a Prefeitura realize um procedimento de licitação na modalidade concorrência. A concessão onerosa será 17 áreas que, juntas, somam aproximadamente 350 mil m².

De acordo com a lei, as áreas que são objeto da concessão serão destinadas exclusivamente à manutenção das atividades do aeroporto, que será explorado por meio de autorização e poderá ser usado por quaisquer aeronaves, sem distinção de propriedade ou nacionalidade, desde que assumam o ônus da utilização.

A lei também fixa o prazo de vigência do contrato de concessão, que não poderá exceder 35 anos.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta), que informou que o edital já está sendo confeccionado pela prefeitura para ser publicado o mais breve possível.

No início de janeiro, em entrevista ao G1, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária, Rômulo Veiga, afirmou que a expectativa do Executivo era que entre 90 a 120 dias, já ocorra o processo de edital para cessão do uso do aeroporto.

 

Prejuízo de R$ 700 mil ao ano

 

Rômulo Veiga explicou na ocasião que a Prefeitura de Juiz de Fora gasta anualmente cerca de R$ 1 milhão para manter o Aeroporto da Serrinha funcionando.

Entretanto, a unidade gera receita anual de R$ 300 mil, o que causa um déficit de R$ 700 mil. Com a aprovação, o Executivo espera receber por ano de R$ 100 a R$ 120 mil reais através de arrecadação de impostos pro município, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do local.

Nesta proposta, a Prefeitura manteve as concessões de uso do terreno do Aeroculube e dos hangares, que não serão afetados, caso a iniciativa privada assuma a gestão do aeroporto.

Nos estudos realizados, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo entendeu que o aeroporto possui maior vocação para aviação civil privada do que pública.

"Com a concessão, o Serrinha pode ser potencializado para investimentos privados e se tornar um local para formação de pilotos, voos executivos, além de instalação de oficinas de manutenção de turbinas", afirmou Veiga.

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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