Cerca de 6 mil caminhões que abastecem os postos de gasolina de Minas e também o aeroporto de Confins podem parar ainda nesta sexta-feira (06). Segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtaque-MG), a greve só não acontecerá se o governo de Minas reduzir a alíquota do ICMS sobre o diesel, como reivindica a categoria.
Às 15h de sexta, haverá reunião entre representantes do sindicato e o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio de Avelar, para bater martelo sobre o tema.
“Estamos em estado de alerta após a marcação do encontro. Se não houver acordo, não teremos alternativa, a não ser a paralisação”, disse, ontem à noite, o presidente do Sindtaque-MG, Irani da Silva Gomes. Durante o dia, o sindicalista chegara a confirmar a greve a partir da meia-noite dessa sexta-feira. Caso o movimento venha a ocorrer, hoje ou nos próximos dias, Minas pode viver situação semelhante à ocorrida no Estado quando houve greve nacional dos caminhoneiros, em maio de 2018.
Ao justificar o movimento dos tanqueiros, Irani citou ainda o encarecimento do frete e recente manifestação do presidente Jair Bolsonaro, que “convocou” os Estados a zerarem o imposto. “A alíquota do ICMS sobre o diesel em Minas era 12%, mas passou a 15% em 2011, e a promessa, nunca cumprida, era de que o aumento seria por pouco tempo”, explicou.
Segundo Irani, a alíquota no atual patamar impacta diretamente o principal insumo das empresas. Hoje, o diesel representa de 50% a 55% do frete. “Na região Sudeste, Minas tem a maior alíquota e o diesel mais caro dos estados”, conclui Gomes.
Na quinta à noite, o governo estadual confirmou a reunião e repetiu o que tem informado nos últimos dias sobre o assunto: em 3 de fevereiro, 22 governadores, Zema incluído, subscreveram carta ao governo federal demonstrando interesse em debater a redução do ICMS, mas “nos fóruns adequados e com os estudos técnicos apropriados”.
Fonte: Hoje em Dia