Trabalhadores paralisam ônibus urbanos de JF por atraso nos salários
REGIÃO
Publicado em 08/05/2020

 

Trabalhadores do transporte coletivo de Juiz de Fora paralisaram as atividades no início da manhã desta sexta-feira (8) por atraso no pagamento dos salários. Segundo a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra), houve um período de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) e as empresas do setor, gerando atraso nas atividades da Tusmil. A situação foi regularizada antes das 8h, conforme a pasta municipal, e as linhas estão operando normalmente.

Conforme o presidente do Sinttro, Vagner Evangelista, das empresas que compõem o Transporte Coletivo Urbano (TCU) de Juiz de Fora, apenas a Ansal pagou 50% dos salários dos funcionários, conforme combinado previamente com o sindicato. Dessa forma, a direção do Sinttro iniciou as negociações com o Consórcio Manchester (Tusmil e GIL) e a Viação São Francisco Ltda por volta das 3h desta sexta. “Nós tiramos o adiantamento que teria no último dia 20, mas que ela pagasse 50% dos salários. No entanto, elas depositaram apenas 25%, o que não estava no acordo”, explica Evangelista.

As conversas se estenderam até o princípio da manhã, o que gerou o atraso no início das atividades da Tusmil. O novo acordo do Sinttro com as empresas assegura o pagamento dos 25% faltantes até a próxima quarta-feira (13), sob risco de nova paralisação. “Os trabalhadores estão na linha de frente. Nós já fizemos acordo com as empresas, abrindo mão de benefícios, para poder garantir o emprego de todos. Nós sabemos que o nosso serviço é essencial, mas é preciso honrar com nossos compromissos”, completa o presidente do Sinttro.

Possibilidade de multa

Conforme a Settra, existe uma liminar que impede a execução de paralisação das empresas de ônibus em Juiz de Fora. Entretanto, a secretaria definiu o episódio como “um curto período de negociação entre empresas e sindicato”, de modo que não deverá haver penalização para o sindicato. O Sinttro, por sua vez, afirmou que a situação será resolvida pelo seu setor jurídico.

 

Fonte: Tribuna de Minas

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