Motoristas e cobradores fazem nova paralisação no Centro de JF
Publicado em 21/07/2020 13:17
REGIÃO

 

Os profissionais do transporte coletivo urbano de Juiz de Fora voltaram a interromper as atividades na manhã desta terça-feira (21). Por volta das 7h, parte dos veículos que estava nas ruas começou a parar os carros na Avenida Getúlio Vargas, provocando um efeito cascata em outras vias da área central da cidade. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito (Sinttro), o movimento partiu de funcionários da Goretti Irmãos Ltda (Gil), que não teriam recebido benefícios previstos, como ticket e cesta básica. Entretanto, segundo um dos funcionários envolvidos na manifestação, trabalhadores das empresas Tusmil e Viação São Francisco Ltda. também apresentam reivindicações.

Em contato a reportagem, um dos funcionários do transporte coletivo urbano que participa da manifestação assegurou que trabalhadores vinculados à Tusmil e à Viação São Francisco Ltda. também apoiam o movimento. “(A reivindicação) é sobre a cesta básica e os financiamentos a respeito da Tusmil, São Francisco e Gil, que estão parcelando os pagamentos”, disse o trabalhador. Segundo o relato, a Gil está parcelando a cesta básica e os vencimentos mensais, enquanto a Tusmil e a São Francisco estão parcelando o ticket. “Isso está prejudicando os rodoviários”, lamenta o funcionário, que também manifestou insatisfação com a falta de diálogo entre empregadores e trabalhadores.

 
Pontos de ônibus estão vazios na Av. Rio Branco (Foto: Leonardo Costa)

O sindicato que representa a categoria informou que representantes estão no local conversando com os trabalhadores para intermediar uma negociação, mas afirmou que os trabalhadores estão irredutíveis quanto à necessidade de um posicionamento das empresas. “Eu já entrei em contato com a Settra e com as empresas para poder ter um posicionamento de quando vamos ter o pagamento. Se não tiver valores e datas, nós não podemos fazer nada, não tem como negociar com os trabalhadores, que estão irredutíveis”, afirmou o presidente do Sinttro, Vagner Evangelista, em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora.

Na segunda-feira (20), a categoria se reuniu para uma audiência onde foi tratado o futuro dos trabalhadores da empresa GIL que tinham sido cedidos à Ansal e, posteriormente, devolvidos à empresa de origem. Conforme vídeos que circulavam nas redes sociais gravados na noite de segunda-feira, alguns motoristas e cobradores falavam em nova paralisação na manhã desta terça, fato que se concretizou.

 

Fonte: Tribuna de Minas

A Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) esclarece que a paralisação do transporte coletivo urbano é uma negociação entre empresas e funcionários. Informou, ainda, que acompanha e monitora todo o trânsito preservando os cruzamentos por meio dos agentes.

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