Em nota a TV Integração, a Epcar explicou que "todos os alunos são orientados constantemente sobre o protocolo de saúde de combate ao novo coronavírus em vigor na instituição". Para o MG2, a direção da escola informou que suspendeu os esportes coletivos e que os individuais estão mantidos, desde que os estudantes usem máscaras.
A Epcar é uma escola de ensino militar sediada em Barbacena, no Campo das Vertentes, que admite alunos de idade entre 14 e 18 anos por meio de concurso público. No local, estudantes de várias cidades de todo o Brasil vivem em regime de internato e, por isso, dormem em alojamentos e têm aulas em horário integral.
Apesar do MPF ajuizar uma ação contra a volta dos estudantes, apontando risco de um novo surto, a juíza da Vara Federal Cível e Criminal de São João del Rei, Ariane da Silva Ferreira, autorizou a retomada das atividades presenciais o dia 12 de julho, o que ocorreu.
Em maio, um professor da instituição revelou à TV Integração que "tinham mais de 60 dias que os quase 500 alunos da Epcar estavam na escola sem serem liberados em momento algum para casa".
Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF) recebeu denúncias de familiares de estudantes da Epcar preocupados com a situação.
Os representantes relataram que "vários destes alunos estavam gripados, com infecção de garganta e consequentemente com a imunidade baixa" e mantendo contatos com "funcionários e instrutores [que] entravam e saiam diariamente da escola".
Após esse fato e um pedido do Conselho Tutelar de Barbacena, o MPF instaurou um procedimento em abril para apurar as condições de vida e saúde dos alunos adolescentes na escola militar. Também foi emitido pelo órgão uma recomendação em maio para suspender imediatamente todas as aulas e demais atividades acadêmicas presenciais em até 72 horas.
Na época, a Força Aérea Brasileira (FAB) explicou que as atividades presenciais foram suspensas antes do prazo da recomendação vencer, mas não informou a data em que isso ocorreu.
No dia 26 de maio, o G1 revelou que 204 alunos da Epcar testaram positivo para o novo coronavírus. Na época, 114 já tinham se recuperado e foram para casa. Outros 90 cumpriram isolamento social dentro da instituição e começaram a ser liberados para casa. Ninguém foi hospitalizado.