Com um tiro na cabeça, Daniela Maria do Carmo de Paula foi morta em 2013, dentro do banheiro do Procon da cidade.
Após 13 horas de julgamento, Marcelo Evangelista Barbosa foi condenado na noite desta terça-feira, 1º de novembro, a 16 anos de prisão pelo assassinato de sua mulher, a vereadora Daniela Maria do Carmo Paula. A decisão é do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Leopoldina. A juíza Elisa Eumenia Mattos Machado Penido, que presidiu o júri, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, considerando que ele respondeu a maior parte do processo preso. “Não se verifica neste ensejo fato novo que autorize a revogação de sua prisão, revelando-se, ainda, uma incongruência sua colocação em liberdade após o reconhecimento da culpabilidade e aplicação da pena privativa de liberdade”, fundamentou a magistrada na sentença. Da decisão cabe recurso.
O Júri Popular foi iniciado às 09h00 no Fórum Dr. José Gomes Domingues, em Leopoldina. Os sete jurados consideraram o réu culpado da acusação de ser o autor da morte de sua mulher, e em seguida a juiza Dra. Elisa Eumenia Mattos Machado Penido, Titular da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Leopoldina, anunciou o veredicto e leitura da sentença, definindo a pena em 16 anos, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
O réu Marcelo Evangelista Barbosa, que era casado com Daniela, já se encontra preso preventivamente desde 24 de fevereiro de 2014, em razão de um Recurso, interposto pelo Ministério Público de Leopoldina pela Promotora de Justiça Dra. Lúcia Helena Dantas da Costa, Recurso ao qual o Tribunal de Justiça deu provimento. De acordo com a Promotora “no primeiro momento as investigações ficaram à cargo do Delegado André Cardoso, que até então estava presidindo as investigações em Argirita. Depois as investigações ficaram sob a responsabilidade do Delegado Rafael Sporck da Costa, Delegado de Leopoldina e após o encerramento por parte do Dr. Rafael Sporck houve o ingresso da Polícia Civil de Belo Horizonte, quando as investigações foram finalizadas pela Dra. Alice Batelo, que indiciou e com isso o Ministério Público ofereceu a Ação Penal.”
O Crime
Na manhã do dia 17 de abril de 2013, a vereadora Daniela Maria do Carmo de Paula foi encontrada morta com um tiro de pistola calibre 380 na cabeça, na sede do Procon de Argirita, onde ela trabalhava. A denúncia foi recebida pela Justiça em abril de 2014. Durante a instrução criminal, foram ouvidas oito testemunhas de acusação e cinco de defesa. Em seguida, Marcelo foi interrogado. O Ministério Público requereu a pronúncia – que o réu fosse submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri. A defesa, por sua vez, pediu a absolvição sumária.
Uma dor que não tem fim: Familiares da vereadora Daniela após o julgamento: Dona Maria do Carmo, sua mãe; Donizete Miguel de Paula, o irmão; e a tia Risa do Carmo.
O VIGILANTE ONLINE