Em abril deste ano, o G1 mostrou que a SES-MG informou dois casos de sarampo em Juiz de Fora, registrados em janeiro de 2020: dois jovens, de 18 e 20 anos, com registro de viagem à Búzios, no Rio de Janeiro.
No boletim da última sexta-feira (24), foram informados dois novos casos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dados referem-se a uma jovem, de 21 anos e um rapaz de 22 anos. O casal tem histórico de viagem para o estado de São Paulo e não foi informado a data em que estavam com a doença.
Conforme dados da plataforma Datasus, foram aplicadas 20.330 doses das vacinas tríplice viral e dupla viral em pessoas com idades entre 20 e 49 anos até esta quarta-feira (29).
Na cidade, a vacina está disponível para o público jovem e adulto até dia 31 de agosto em 63 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e PAM Marechal.
A Secretaria Municipal informou que Juiz de Fora atingiu o índice de 95% de cobertura vacinal na última campanha do Ministério da Saúde.
Essa campanha ocorreu em 2018 e foi de caráter indiscriminado, ou seja - todas as crianças deveriam tomar a vacina, independente de já terem cumprido o esquema vacinal de duas doses.
Em Cataguases, a SES-MG registrou os dois primeiros casos de sarampo neste ano. Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, trata-se de duas jovens, de 18 e 19 anos, que tiveram os sintomas no final de janeiro.
Ainda conforme o setor, as duas garotas residem em Cataguases, mas se contaminaram, foram tratadas e notificadas em outro estado.
Segundo os dados da Datasus, foram aplicadas 3.875 doses das vacinas tríplice viral e dupla viral em pessoas com idades entre 20 e 49 anos até esta quarta-feira (29) na cidade.
A vacinação para este público continua nas UBS's e na Policlínica Municipal.
Ainda conforme a plataforma do Ministério da Saúde, o índice de cobertura vacinal na última de campanha, de 2018, foi de 92,99%.
O Governo de Minas também confirmou o primeiro caso em Miraí. O G1 procurou a Vigilância Epidemiológica que informou que o paciente de sarampo foi um jovem, de 27 anos, que teve o diagnóstico no início de março.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, o rapaz recebeu uma visita vinda de outro estado na época do carnaval e essa visita estava com suspeita da doença. Posteriormente, o caso de sarampo foi confirmado.
Conforme o Datasus, foram aplicadas 1.996 doses da vacina tríplice viral em pessoas com idades entre 20 e 49 anos até esta quarta-feira (29) na cidade.
A imunização também ocorre na cidade para essa faixa etária nos postos de saúde e na Central de Vacinas de Miraí.
O índice de cobertura vacinal na última campanha do Ministério da Saúde foi de 86,23%, segundo a plataforma da pasta.
Todas as crianças acima de seis meses até 11 meses e 29 dias devem receber uma dose da tríplice viral.
A aplicação, chamada de dose zero, não é considerada válida para o esquema vacinal de rotina.
Isso quer dizer que, a criança deve receber novamente a vacina aos 12 e 15 meses, observando o intervalo mínimo de 30 dias para revacinação.
- 1ª dose: administrada aos 12 meses
- 2ª dose: administrada aos 15 meses
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Para as demais faixas etárias, a recomendação permanece a mesma. São necessárias duas doses para quem tem até 29 anos de idade. Acima desta idade, é necessária apenas uma dose.
Quem não tiver se vacinado ou não tem o registro no cartão de vacina, deve procurar uma unidade de saúde para ser imunizado.
Contraindicações da vacina
A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e quem tiver alergia grave aos componentes da fórmula.
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância.
A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.
Antes considerado um país livre do sarampo, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em fevereiro de 2019, após registrar mais de 10 mil casos em 2018.
Fonte: G-1 Zona da Mata