Minas Gerais fecha julho com 79 mil casos e 1.700 mortes por coronavírus
31/07/2020 14:16 em REGIÃO

 

Ao menos 79.522 mineiros tiveram contaminações confirmadas por coronavírus e 1.762 vidas foram perdidas em decorrência da Covid-19 apenas no mês de julho. O diagnóstico foi feito a partir de análise de boletins epidemiológicos publicados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) entre 1º e 31 de julho. O ritmo de proliferação do vírus e de mortes decorrentes tiveram aumento substancial no período, ao mesmo tempo em que o Governo de Minas constata estabilização da pandemia e afrouxamento das restrições ao funcionamento do comércio.

No primeiro dia deste mês, o informativo da pasta estadual indicava 47.584 mineiros positivados para o coronavírus. Após 30 dias, no boletim desta sexta-feira (31), o estado registra um salto para 127.106 contaminações, aumento de 79.522 casos (ou 167%). O crescimento vertiginoso é refletido no número de internações na rede pública e privada do estado durante o período, que saiu de 5.646 no dia 1º para 14.250 no informe mais recente.

 

Já em relação às vítimas fatais, o ritmo teve crescimento ligeiramente acima do observado quando às contaminações. O estado saltou de 1.007 óbitos associados à Covid-19 no primeiro dia do mês para 2.769, no último. O crescimento foi de 1.762 vidas perdidas notificadas à SES no período, aumento de aproximadamente 175%. Se, antes, 241 municípios haviam constatado óbitos; agora, já são 388 cidades com mortes decorrentes do vírus.

Número de mortes e infecções dobra em Juiz de Fora

 

Segundo os indicadores da SES, ligeiramente atrasados em relação aos dados emitidos pelo município, Juiz de Fora dobrou o número de casos confirmados e mortes no período. No primeiro informativo de julho, o estado apontava para 1.632 casos e 53 mortes na cidade. No informativo desta sexta, já eram 3.316 contaminações e 108 vítimas, aumentos de 1.684 casos e 55 óbitos confirmados.

Já conforme os números emitidos pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), eram 1.944 juiz-foranos positivados para o coronavírus e 57 óbitos confirmados em 1º de julho. Conforme o boletim epidemiológico de quinta-feira (30), 3.460 casos foram confirmados até então, além de 114 mortes; aumento, respectivamente, de 1.516 e 57.

Também durante o mês de julho, no último dia 14, reportagem da Tribuna revelou que a cidade tem mais de 400 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) sem causa definida, além de 160 associados à Covid-19. Dois dias depois, na quinta-feira, dados emitidos pelo município e analisados pela Tribuna constataram que o número de novas infecções por coronavírus em junho foi duas vezes maior que em maio.

Secretaria de Estado garante estabilização da pandemia

O mês de julho começou com a expectativa pelo pico da pandemia em Minas Gerais. Projeções da SES indicavam que o ponto alto de contaminações ocorreria em meados da segunda semana do mês, o que, posteriormente, seria seguido de queda na incidência. Após duas semanas, no entanto, os estudos da pasta estadual passaram a informar que o estado entraria no chamado “platô da proliferação”, no qual não haveria um pico acentuado, mas, sim, uma alta taxa de proliferação durante um período, que seria seguido pela queda nos números.

Seguindo as projeções, os gestores estaduais adotaram discurso mais ameno com relação ao combate à pandemia. No último dia 16, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou uma consulta pública para colher sugestões de mudanças no programa Minas Consciente, que regula a retomada econômica no estado. Um dos fatores que nortearam a abertura do diálogo com a população, segundo Zema, foi o “novo estágio da pandemia em Minas Gerais”.

 

Treze dias depois, o Governo de Minas Gerais anunciou a reformulação no programa, com medidas de abrandamento das restrições econômicas. O “Minas Consciente 2.0” reduziu o número de ondas da retomada econômica no estado, além de adotar regras menos agressivas para cidades com menos de 30 mil habitantes. Juiz de Fora, inclusive, deverá sair da onda branca na versão primária do programa, na qual foi incluída ainda em julho, para a onda amarela, após a atualização.

 

Fonte: Tribuna de Minas

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