Maus tratos a animais e humanos
LEOPOLDINA
Publicado em 03/11/2016

 

Em conversa com uma senhora dia desses, ela me contava que estava sofrendo por três cães de um vizinho que agora mudou para outro bairro e deixou os animais amarrados. Segundo ela, ele disse que gosta dos cães e uma vez por dia desloca de onde mora para dar água e comida aos três.

Eles ficam amarrados próximos uns dos outros por correntes que não passam de um metro e meio ou dois metros. Com sol, chuva, frio ou calor, o local é o mesmo, que fica sem nenhuma proteção. Ela lembrava que é normal, comum, o animal virar a vasilha de água. Mesmo com o calor, ficam com sede até o outro dia.

Outra pessoa da área do comércio e indústria relatava a revolta que estava por presenciar um proprietário dar uma surra em um cavalo com socos e pauladas. Foram cerca de 40 agressões contra o animal. Frisou estar arrependido de não ter feito uma denúncia, mas que avisou ao autor da agressão que outros podem denunciá-lo, ou até ele mesmo.

Exemplos de crueldade humana com os animais não faltam: carroceiros, hoje tem menos, batiam e batem automaticamente no animal puxando a carroça ou vão (muitos deles) fincando o ferrão nos cavalos ou burros.

Deixar pássaros em locais quentes, debaixo de marquise ou telhas de cimento ou amianto é uma covardia muito grande, ou mesmo deixar em correntes de vento frio sem nenhuma proteção.

Os seres humanos são cruéis uns com os outros. Portarias de hospitais e pronto-socorros têm exemplos todos os dias. Os governos nesses casos são os grandes responsáveis. Mas não são os únicos. Quem nunca ouviu alguém dizer: “vou pedir um atestado médico”.

Certo dia, cheguei com um amigo, meio dia e meia, no nosso pronto socorro. Ele sentindo fortes dores no peito após vômitos. Mesmo com sinais da gravidade e eu dizer “ele vai morrer aqui na porta” foi atendido uma hora e meia depois. Constatado um problema cardíaco disseram que seria transferido para Muriaé as 18h. A partir dessa hora, as informações eram de que a ambulância chegaria a qualquer momento. Saímos daqui as 11 e 10 da noite, meia noite e vinte ele foi para o CTI e uma equipe mobilizada para um cateterismo. Não podia ficar acompanhante e seis da manhã o aviso era o óbito.

Perdeu 11 horas para chegar a um hospital especializado.

 

Estes exemplos, como outros que temos todos os dias, mostram como a humanidade precisa melhorar. Por a culpa em um ou outro é muito fácil.

Por José Geraldo Gué

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