Aglomeração de consumidores marca reabertura de shopping em BH; teve gente que ficou 1 hora na fila
06/08/2020 15:30 em REGIÃO

 

Filas e aglomeração de consumidores. Esse era o cenário na porta de um dos shoppings de Belo Horizonte, na região central. Nesta quinta-feira (6), os centros de compras reabriram as portas ao meio-dia. Porém, dezenas de pessoas chegaram ao local com até uma hora de antecedência.

Após 139 dias de interdição total, os espaços receberam o aval da prefeitura, mas devem seguir uma série de regras para evitar a transmissão do novo coronavírus. Cinema, praças de alimentação e espaço de lazer para crianças não podem funcionar.

Às 10h50, a auxiliar de inclusão Gabriela Assis, de 21 anos, já esperava em um dos portões do centro de compras. A jovem explicou que deixou o isolamento social para ir ao local para arrumar um relógio. O aparelho estragou e teve a garantia vencida durante a pandemia.

“Liguei na loja e informaram que eu poderia vir para providenciar o reparo. Decidi fazer isso já no primeiro dia por segurança, para não perder o relógio”, explicou.

Gabriela só não sabia que, assim como ela, muitos também estariam no local nesta quinta. A guia turística Denise Lins Resende, de 52 anos, não escondeu que estava com saudade de fazer compras. “No shopping encontramos de tudo. Tinha ficado sem opção porque estava tudo fechado”, disse.

A guia enfrentou a fila e avaliou que a quantidade de pessoas se deve à demora em liberar o comércio. “As lojas ficaram fechadas por longo período. Então, é claro que agora vai aglomerar”.

A Guarda Municipal acompanhou a reabertura. Agentes da corporação estimaram que, só na fila, pelo menos 300 aguardavam o acesso a uma das portarias do Shopping Cidade. “Estamos aqui para garantir a segurança e verificar se haverá alguma ocorrência. Mas, por enquanto, a situação está tranquila”, disse o guarda Moisés.

Segurança

Mesmo com a liberação do comércio, especialistas da área da saúde pedem que a população evite possíveis abusos. Médicos aconselham aos moradores sair de casa apenas para fazer o essencial.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), BH tem 621 mortes provocadas pelo novo coronavírus e 22.055 infectados. A ocupação dos leitos de UTI preocupa. A taxa está em 79,4%, no patamar vermelho, considerado de alerta.

Quarentena

O distanciamento social em BH foi recomendado em 18 de março e, dois dias depois, a prefeitura determinou o fechamento de todos os serviços considerados não essenciais. As lojas da capital permaneceram fechadas por 66 dias, quando em 25 de maio a metrópole deu início à primeira fase da flexibilização gradual do comércio. 

Na ocasião, salões de beleza, lojas de cosméticos, brinquedos, veículos automotores e até shoppings populares reabriram as portas. Duas semanas depois, foi a vez de lojas de calçados, armas, acessórios e artesanatos. Porém, por causa da explosão de casos e mortes por Covid-19, em 29 de junho o prefeito Alexandre Kalil (PSD) voltou a proibir o funcionamento.

 

 

Fonte: Hoje em Dia

 

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