Hoje vou falar sobre um assunto que muita gente entende ou diz entender: as nossas estradas rurais.
Nos últimos anos choveu muito pouco e isso tem facilitado o seu estado de conservação. Há muito não temos distritos ou áreas rurais isolados. Quem é do meio rural, entende melhor, percebe com mais clareza a diminuição das chuvas, com pouca água nos córregos e açudes e minas secando.
Me surpreende a manutenção das estradas feitas pela prefeitura no que toca à raspagem, a tirada da terra com a máquina jogando em suas margens. Cria-se um afundamento da pista e um barranco de cada lado, impedindo o escoamento das águas das chuvas. O resultado é que quando chove a água escorre por longa distância, levando mais terra, afundando e fazendo buracos em suas laterais. Vou dar como exemplo a estrada Boa Sorte x Samambaia, onde passo quase todos os dias. Em vários locais, para acertar, tampar os buracos, uma grande quantidade de terra foi retirada e jogada nos pastos a beira da estrada.
O imediatismo pode agradar momentaneamente, mas se chover forte o caos é certo. Se analisarmos para médio prazo, as águas não terão saídas e o estrago será grande. O que se está fazendo é um trabalho sem o menor planejamento.
Na minha opinião, o próximo prefeito, seja ele quem for, precisará tomar medidas administrativas nessa área porque certamente não iremos ter essa continuidade de poucas chuvas para sempre.
Dei o exemplo da Boa Sorte mas quem anda, conhece, nossa zona rural percebe isso em inúmeras outras estradas.
A importância de nossa zona rural como fonte de empregos e renda faz com que a Prefeitura precise sempre cuidar e ter um planejamento seguro para que as estradas não tragam empecilhos a esse importante segmento de sustentação de nosso município.
Por José Geraldo Gué
Foto: Kanon Morães