O Tombense fez a melhor campanha da primeira fase e joga por empates na final contra o Atlético. Apesar de ser um dos clubes do interior mineiro com melhor instalações e investimentos, está bem abaixo do poderio financeiro do adversário desta quarta-feira, no Mineirão. Em entrevista ao ge, o presidente do Gavião Carcará, Lane Gaviolle, destaca que são R$ 500 mil mensais para quitar todos os gastos com o futebol do clube.
- A gente tem as nossas dificuldades, mas, hoje, deve ser o custo mais alto que tem no interior de Minas, por volta de R$ 500 mil. Temos um extracampo muito forte, com estrutura de Centro de Treinamento, academia, estádio, hotel, restaurante próprio, planejamento de viagens. Nossa estrutura física se torna mais cara - disse o presidente.

Lane Gaviolle não sabe mensurar o valor financeiro do elenco liderado pelo técnico Eugenio Souza, que tem o ex-jogador e ex-comentarista Edinho na função de coordenador. De acordo com a plataforma transfermarkt, o valor seria de R$ 25,5 milhões. O clube, por outro lado, não tem preocupação corriqueira no Atlético: atrasos salariais e dívidas de diversas naturezas.
"A cidade é muito pequena, estou na rua toda hora. Não posso deixar atrasar” (Lane Gaviolle)
Para tanto, conta com os apoios da menor cidade do Mineiro 2020 - Tombos registra pouco mais de 8 mil habitantes, contra os 2,5 milhões de Belo Horizonte. Além, também, do braço de Eduardo Uram, um dos agentes mais influentes do futebol brasileiro.
- Eu tenho a parceria com o Eduardo (Uram, empresário dono da Brazil Soccer), de 22 anos. Uma parceria que deu certo. É um projeto de 22 anos, e há oito anos na Primeira Divisão (do Campeonato Mineiro). A gente começou com a base, depois, no profissional, fomos campeões da Série D - aborda Gaviolle.
Neste sentido, há o aspecto que mais aproxima o Atlético-MG do rival Tombense. O clube de Belo Horizonte também conta com a parceria de Rubens e Rafael Menin, conselheiros, além do ex-presidente Ricardo Guimarães, seja como pessoas físicas (empréstimos pessoais), ou na forma de patrocínio, das empresas MRV Engenharia e Banco BMG. No caso do Tombense, a diferença é que o clube dava a possibilidade de Eduardo Uram registrar os jogadores que agenciava.
Fonte: G-1 Zona da Mata