‘Avança Minas’ destina quase R$ 50 milhões em investimentos em cidades da Zona da Mata
11/09/2020 05:18 em REGIÃO

 

O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quinta-feira (10), em Belo Horizonte, o “Avança Minas”, plano de retomada econômica que vai destinar mais quase R$ 50 milhões em investimentos em cidades da Zona da Mata. Além disso, o estado vai parar de exigir alvará de funcionamento para 642 atividades comerciais em Minas Gerais.

De acordo com o governador, o objetivo do plano é criar ambiente favorável à geração de investimentos e empregos. Para isso, o “Avança Minas” reúne uma série de medidas de desburocratização para melhorar o ambiente de negócios no estado e engloba ainda um pacote de obras públicas em diversas áreas.

Na Zona da Mata, estão previstas obras nas cidades de Juiz de Fora, Ubá, Cataguases, Bias Fortes e Goianá, bem como a finalização de outras que estão em andamento. Em todo o estado, os investimentos do Governo de Minas somam R$ 1 bilhão, nas áreas da saúde, educação, segurança pública, infraestrutura rodoviária e urbana.

Confira os investimentos previstos para a região:

Empreendimentos na Zona da Mata

MUNICÍPIO EMPREENDIMENTO SITUAÇÃO VALOR
Juiz de Fora / Goianá Interseção BR-040 / João Ferreira (Goianá) a iniciar R$ 2,7 milhões
Cataguases Contorno de Cataguases a iniciar R$ 16 milhões
Bias Fortes Antônio Carlos / Bias Fortes (conclusão) a iniciar R$ 17,3 milhões
Juiz de Fora Reforma da E.E. Delfim Moreira em andamento R$ 10,1 milhões
Cataguases Contenção de encostas a iniciar R$ 11 milhões
Ubá Construção da cadeia pública em andamento R$ 22 milhões

Entre as obras para a Zona da Mata, o governador destacou a que se refere à área da Educação, a reforma e restauração no Palacete Santa Mafalda, que é o prédio onde funcionava a Escola Estadual Delfim Moreira, em Juiz de Fora. As intervenções foram iniciadas em julho de 2019 no espaço - tombado pelo patrimônio histórico municipal - que foi fechado em 2013, após interdição da Defesa Civil.

Desburocratização

 

Medida Provisória (MP) da liberdade econômica do governo federal foi aprovada pelo Senado em agosto de 2019 e se tornou lei em setembro, com a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lei dispensa o alvará para 287 atividades de baixo risco, caso não haja regras estaduais distritais ou municipais sobre o tema. Em Minas Gerais, o número de atividades liberadas do documento é duas vezes maior.

O Decreto nº 48.036 foi assinado durante coletiva de imprensa, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, na Região de Venda Nova, na manhã desta quinta-feira. O plano “Avança Minas” foi definido pelo governo como um meio de “simplificação e desburocratização”, e também trata da revogação de normas e execução de ações em saúde, educação e infraestrutura.

 

"Borracharias, loja de calçados, banca de jornais estarão dispensados desse tipo de documento. O estado continua tendo todas as prerrogativas de fiscalização e vai fiscalizar todas as atividades, como sempre fez. O que o estado não vai fazer mais é deixar aquele que quer investir aguardando meses ou anos esperando para ter seu pedido analisado”, afirmou o governador.

 

G1 pediu ao governo a lista das 642 atividades que não vão precisar de alvará. A assessoria respondeu que elas serão publicadas no Diário Oficial nos próximos dias.

 

Aprovação automática

 

“Qualquer ato do estado de liberação de funcionamento dos empreendimentos, o empreendedor, no ato da solicitação, já vai saber qual o prazo máximo que o estado terá para se manifestar em relação àquela solicitação. Se esse prazo não for cumprido, está aprovado tacitamente”, disse o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

Para Zema, a aprovação tácita será “um voto de confiança no cidadão que sempre foi tratado de certa maneira como alguém suspeito, pra não dizer criminoso”.

Questionado na entrevista sobre de que modo essa ausência de alvará trará resultados concretos na economia, Passalio respondeu que “vai agilizar o processo de funcionamento”. Quanto à fiscalização, o governo não detalhou como isso será feito sem a existência do alvará.

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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