Operação prende 26 policiais de MG por envolvimento com jogos de azar
11/11/2020 05:41 em REGIÃO

 

Vinte e seis policiais, 15 deles militares e outros 11 civis foram presos durante a terceira fase da operação Hexagrama, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais, suspeitos formar uma organização criminosa que atuava na exploração de jogos de azar. 

A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), aconteceu em Belo Horizonte, e outras nove cidades da região metropolitana.

 

 

 

Quatro promotores de Justiça, 62 policiais militares da Corregedoria Geral da PM e 70 policiais civis da Corregedoria Geral da Polícia Civil trabalharam para cumprir 33 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão. 

Leia maisPolícia prende 17 pessoas em ação contra jogos de azar em Minas

De acordo com o promtor de Justiça, Peterson Queiroz, os presos são suspeitos de cometer vários crimes.

 

 

 

— A organização crimonosa é investigada pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, exploração ilegal de jogos de azar, homicídios, extorsão, ameaça, lesão corporal, dano ao patrimônio, obstrução de cadáver, comércio ilegal de arma de fogo restrita e assessórios, disparo de arma de fogo em via pública e lavagem de dinheiro. 

Ainda segundo o promotor, todos os crimes investigados têm ligação com os jogos de azar. 

— Todos esses crimes estão ligados ao jogo de azar e são uma forma de manter aquele negócio [jogo de azar] funcionando. Esse caso de homicídio, por exemplo, foi um extermínio de um concorrente. 

Terceira fase

Nesta terceira fase da operação foram identificados 32 novos integrantes da organização criminosa, entre eles 18 policiais militares e 12 civis. Entre os mandados de prisão, dois são contra candidatos ao cargo de vereador em Belo Horizonte e em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

Segundo o MP, um dos suspeitos foi preso em flagrante, em casa, por posse ilegal de munição. O outro candidato não pôde ser detido por causa da lei eleitoral. 

Leia maisOperação contra jogos de azar prende mãe e filha em BH

— Os policiais envolvidos na organização tinham a participação de fazer a segurança do líder da organização, fazer escoltas, fazer ameças a concorrentes, destruir máquinas de concorrentes, e alguns recebiam dinheiro simplesmente para ficarem calados.

Operação

Na primeira fase, em março deste ano, 14 pessoas foram presas envolvidas na exploração de jogos de azar em Belo Horizonte e região metropolitana, incluindo o líder. De acordo com o promotor de Justiça, Rafael Fernandes, as investigações continuam. 

— Todas as instituições, infelizmente, estão sujeitas a contar com pessoas que não honrram as instituições, e essa apuração tem que ser constante e eu tenho certeza que esssa operação será um marco significativo na depuração das instituições.

 

Fonte: R-7 / Leopoldina News

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!