Prestação de contas: Eleição legislativa em Leopoldina revela os custos de cada vereador eleito e conta com campanhas zeradas.
26/11/2020 18:07 em LEOPOLDINA

 

Passado o calor das campanhas eleitorais que se encerraram no dia 15 de novembro, as prestações de contas ao TSE continuam até o dia 15 de dezembro. As prestações de contas levam em conta o teto estabelecido pelas regras eleitorais. No caso da disputa para o cargo de vereador em Leopoldina, os candidatos só poderiam gastar até o limite de R$ 12.307,75.

 

Nos últimos dias, o blog Leopoldina fez um levantamento entre os 15 vereadores eleitos e averiguou as declarações finais de arrecadações e despesas no TSE e encontrou informações de que 5 campanhas não tiveram nenhum dado de custeio registrado. As campanhas de Ivan Nogueira - PP, Eliléia da AVAC - PSL, Julius Cezar - PSL, Queijinho do Povo - PSL e Inezinha - PL não tiveram registros de custeios até o fechamento deste post.

Por outro lado, as outras 10 campanhas eleitas ao legislativo tiveram movimentações significativas, onde a campanha que teve a maior arrecadação foi a do vereador eleito Carlos André - PSD, alcançando R$ 11.445,00, seguida de perto pela campanha do vereador José Augusto Cabral com R$ 11.331,02. Quando o assunto foi o custeio, as campanhas que mais gastaram, inverteu-se a ordem entre os dois eleitos. José Augusto teve sua campanha custeada no valor de R$ 11.111,02, enquanto a de Carlos André chegou a R$ 10.400,00. Abaixo listamos os eleitos com arrecadação e os custos de suas respectivas campanhas.

 

  • Alexandre Badaró - PSB - teve uma campanha com arrecadação de R$ 4.171,20 e despesas de R$ 3.150,50. 
  • Bernardo Guedes - PDT - seus dados ainda são do dia 13/11, mas registraram R$ 9.395,40 de arrecadação e R$ 7.527,90 de despesas.
  • Carlos André do PSD - teve uma campanha com arrecadação de R$11.445,00 e despesas de R$10.400,00.
  • Didi da Elétrica - PODE - teve uma campanha com arrecadação de R$1.939,00 e despesas de R$1.939,00.
  • Edvaldo Franquido - PT - seus dados ainda são do dia 15/11, mas registraram R$ 473,00 de arrecadação e R$ 125,00 de despesas.
  • Eliléia da AVAC - PSL - não registrou nenhum dado no TSE.
  • Gilmar Pimentel - PODE - seus dados ainda são do dia 02/22, mas registraram R$ 800,00 de despesas e a saída no mesmo valor.
  • Inezinha - PL - recebeu cerca de R$ 125,00 de Pedro Augusto, prefeito eleito, porém não registrou nenhuma despesa.
  • Ivan Nogueira - PP - seus dados ainda são do dia 06/11, mas registraram R$ 738,64 em arrecadação e nenhuma despesa.
  • José Augusto Cabral - PSD - seus dados ainda são do dia 06/11, mas registraram R$ 11.331,02 e despesas de R$ 11.111,02.
  • José do Carmo Piacatuba - PSB - seus dados ainda são do dia 06/11, mas registraram R$ 3.500,00 e despensas R$ 1.846,88.
  • Julius Cezar - PSL - seus dados ainda são do dia 30/11, mas registraram arrecadação de R$ 430,00 e nenhuma despesa.
  • Queijinho do Povo - PSL - seus dados ainda são do dia 30/11, mas registraram arrecadação de 1 mil reais e nenhum despesa.
  • Rodrigo Pimentel - PV - seus dados são do dia 15/11, mas registraram arrecadação de R$ 7.923,80 e despesas de R$ 4.723,80.
  • Rogério Suíno - PSC -seus dados são do dia 29/10, mas registraram arrecadação de R$ 3.468,00 e despesas de R$ 2.796,00.
Ao todo as campanhas para vereador movimentaram cerca de R$ 44.420,10, mas poderia ter sido ainda maior. Os valores arrecadados chegaram a R$ 55.586,06, deixando um saldo positivo no TSE de cerca de R$ 11.164,96.
 
Já na análise de cada vereador eleito, quando se analisa os votos conquistados e o que representa os custos da campanha, encontramos campanhas com representação que vão de 29 centavos a cerca de 17 reais e 27 centavos. Na proporção custos x votos, as campanhas mais caras ficou para Bernardo Guedes, eleito pelo PDT com 436 votos, chegando a média de R$ 17,27 por voto. De perto, a campanha de Carlos André do PSD ficou com média de R$ 16,96. Na ponta inversa, os valores declarados mostram que a campanha mais barata foi a de Edvaldo Franquido do PT, com média de 29 centavos, com 425 votos. A proporção mostra que os votos mais caros ficaram na seguinte ordem abaixo. 
1. Bernardo Guedes - 436 votos, média de R$ 17,27.
2. Carlos André - 613 votos, média de R$ 16,96.
3. José Augusto Cabral - 762 votos, média de R$ 14,58.
4. Rodrigo Pimentel - 447 votos, média de R$ 10,56.
5. Alexandre Badaró - 378 votos, média de R$ 8,33.
6. Didi da Elétrica - 390 votos, média de R$ 4,97.
7. Rogério Suíno - 657 votos, média de R$ 4,25.
8. José do Carmo Piacatuba - 481 votos, média de R$ 3,83
9. Gilmar Pimentel - 349 votos, média de R$ 2,29.
10. Edvaldo Franquido - 425 votos, média de R$ 0,29.
11. Ivan Nogueira - 672 votos - sem despesas, sem média.
12. Eliléia da AVAC - 543 votos - sem despesas, sem média.
13. Julius Cezar - 466 votos - sem despesas, sem média.
14. Queijinho do Povo - 344 votos - sem despesas, sem média.
15. Inezinha - 201 votos - sem despesas, sem média.
Lembramos que essa análise não se refere em nenhuma hipótese de votos comprados, mas sim a divisão dos custos da campanha por voto conquistado.
 
Na eleição presidencial em 2018, a disparidade entre os valores gastos pelo presidente eleito e seu adversário são enormes. Enquanto Jair Bolsonaro, na época no PSL arrecadou cerca de R$ 4.390.140,36, a campanha de Fernando Haddad do PT  chegou aos exorbitantes R$ 35.364.040,68, cerca de 8 vezes mais ao candidato eleito.
 
Quando o assunto é gastos, a campanha presidencial de Jair Bolsonaro ficou custeada em  R$ 2.456.215,03 e a de Fernando Haddad em R$ 37.503.104,50. O custeio da campanha eleitoral de Fernando Haddad foi cerca de 15 vezes mais cara que a do candidato eleito.
 
 
 
Fonte: Leopoldina News com dados algumas informações do TSE
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