Tratada como uma das fontes de recursos financeiros pelo Governo de Minas em caso de negociação, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) será observada por uma nova perspectiva pelo Executivo. Nesta quinta-feira (26/11), o secretário de Planejamento e Gestão Otto Levy afirmou que mira a venda de até 100% da participação da empresa estatal, não os 49% pela antecipação dos recebíveis.
Em dezembro de 2019, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deu o aval para que o Governo de Minas negociasse esses 49% da empresa. Desde então, o assunto nunca evoluiu na bolsa de valores do Brasil, a B3. Em sabatina organizada pela Casa nesta quinta, Levy atualizou sobre o desinteresse do Estado na venda dessa parcela.
“Existe autorização para se vender 49%. Qual o problema de a gente vender um pedaço, só dos 49%? O valor será muito depreciado. Não estava aqui, mas sei que no governo passado se tentou fazer essa venda, que acabou não acontecendo. O valor que iria se arrecadar da venda de 49%, era em algo de R$ 4 bi ou R$ 5 bi. Apresentamos um projeto de lei para antecipação desses recebíveis, a Assembleia aprovou, agradeço muito pela colaboração. Esperávamos arrecadar, apenas com venda de recebíveis, sem venda de participação, a mesma quantidade. Por isso que digo que vender esses 49% não é um bom negócio. A venda não concretizou porque, mesmo após a autorização da Assembleia, duas procuradoras do Ministério Público de Contas fizeram denúncias de forma a inviabilizar a operação, e tiveram parcial sucesso. Quando superamos isso, veio a pandemia, e o mercado não tem mais interesse em antecipação de recebíveis”, afirmou o secretário, durante participação no Assembleia Fiscaliza.