Mesmo sem registros de autoridades sanitárias, prefeito de Leopoldina tem interesse na vacina chinesa Coronavac - 13.12.20
13/12/2020 14:47 em LEOPOLDINA

 

Mesmo sem nenhum registro das autoridades sanitárias e com dados favoráveis ao uso emergencial da CORONAVAC, diversos governadores e prefeitos brasileiros estão correndo para garantir a vacinação das populações que estão sob suas responsabilidades.

 

Não diferindo de grande parte dos interessados, o prefeito de Leopoldina José Roberto de Oliveira publicou em sua rede social neste domingo 13 que o município sai na frente no interesse de adquirir a vacina chinesa, produzida em parceria com o Instituto Butantã em São Paulo. O prefeito fez elogios à sua própria administração, enaltecendo as melhorias realizadas durante o período da pandemia, "Trabalhamos muito, a equipe de saúde trabalhou demais, (Têm todo o meu reconhecimento). Equipamos nosso Hospital com muitos dezenas de aparelhos, como respiradores, monitores etc... e vários outros aparelhos." - escreveu.

 

Logo em seu post, José Roberto afirma que solicitou ao Secretário de Estado da Saúde que possa disponibilizar a vacina Coronac para o município de Leopoldina de forma imediata. "Por estas séries de ações no dia 11/12/2020, solicitamos do Sr. Secretário De Estado da Saúde, a imediata atenção quando a disponibilidade da VACINA CORONAVAC , para nossa população. Estamos agindo no caminho certo, mostrando nosso interesse absoluto pela causa popular." - concluiu sua postagem.

 

O Estado de Minas Gerais ainda não está na lista divulgada pela imprensa como um dos interessados na Coronavac. No entanto, em agosto, Romeu Zema chegou a afirmar que "Nós temos aqui a participação de unidades hospitalares de universidades federais que estão participando dessas pesquisas. Nós já deixamos bastante claro que, tão logo tenhamos uma inclusão positiva a respeito desses testes, nós queremos ter uma prioridade no recebimento, principalmente para os idosos e a população de risco", afirmou Romeu Zema em entrevista à CNN Brasil.

A vacina em que o prefeito José Roberto de Oliveira demonstrou interesse em sua aquisição é alvo de inúmeras disputas eleitoreiras, visto que ela é produzida pelo Instituto Butantã em São Paulo em parceria com o laboratório Chinês da Sinovac. As disputas ficaram entre João Dória do PSDB e o presidente Jair Bolsonaro sem partido. Dória que fez todos esforços para aplicar a vacina em São Paulo, mesmo sem os registros previstos em lei e vem sendo questionado por suas ações que contrariam a Lei Federal 14.006 de 2020 que afirma onde as vacinas ou imunizantes devem ter sido ao menos registrados em órgãos europeus, chineses, americanos e ou publicados cientificamente e na Anvisa. Nesse campo de disputas, Bolsonaro foi o garoto propaganda da Hidroxicloroquina durante o auge da pandemia como medicação de prevenção. Sobre a medicação, Dória afirmava que não havia comprovação científica para a prescrição do medicamento.

Até o momento algumas vacinas que já estão em fase de imunização da população é da Pfizer/BioNTech nos Estados Unidos e no Reino Unido. Outra vacina que já está em uso é a Sputnik V na Rússia. A vacina russa já foi solicitada para ser usada na Argentina.

Desde agosto, informações apontam que a Coronavac chegaria a melhorar a reprodução de anticorpos em 97%. Por outro lado, as desconfianças produzem resistência à vacina chinesa. É tão elevada a resistência que pode levar os governos a gastarem recursos em vacinas caras e que não serão usadas. Recentemente uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgado na Folha de São Paulo aponta que 50% dos entrevistados não querem a vacina chinesa. Para 74% dos entrevistados, há mais aceitação em usar uma vacina americana, outros 70% também toparia usar a vacina inglesa e 60% a russa.

O percentual de brasileiros que pretendem se vacinar contra a Covid-19 caiu de 89% em agosto para 73% em dezembro. Já os que não querem se vacinar subiu de 9% para 22%. Muitas dúvidas e poucas respostas científicas.

 

Fonte: Leopoldina News

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