CDL quer comércio aberto em BH mesmo com recorde na taxa de ocupação de leitos e entidades pedem reunião com prefeito
07/01/2021 15:17 em REGIÃO

 

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) é contra o novo fechamento do comércio na capital, anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) nesta quarta-feira (6). Em nota, a entidade disse que enviou um ofício à prefeitura pedindo que as lojas continuem abertas.

 

  • Belo Horizonte vai voltar a fechar a partir de 2ª para conter Covid-19
  • Belo Horizonte bateu três recordes consecutivos na taxa de ocupação de leitos e o número, atualmente, se aproxima dos 90%. Por conta desse cenário, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decidiu fechar o comércio não essencial a partir desta segunda-feira (12).
  • Em um pronunciamento divulgado nas redes sociais, o prefeito afirmou que "chegamos ao limite da Covid-19". Para a CDL-BH, não há conexão direta entre o aumento no número de casos de coronavírus e o funcionamento das lojas.

     

    "O que observamos é que há uma conjuntura de fatores que direcionam à elevação do número de casos, graves ou não, mas que não apresentam conexão direta com o funcionamento do comércio na capital", diz a nota.

     

    Nesta quinta-feira (7), a CDL divulgou um novo comunicado. De acordo com o texto, 24 entidades enviaram um ofício ao prefeito solicitando uma reunião para discutir as novas regras e o funcionamento do comércio (veja lista no final desta reportagem). Elas temem mais prejuízos com a nova decisão.

    De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado nesta manhã, Belo Horizonte registrou 65.848 casos de coronavírus desde o início da pandemia, dos quais 1.914 terminaram em morte.

     

    Ocupação de leitos

     

    Nesta quarta-feira (6), os indicadores da pandemia monitorados pela PBH estavam todos em alerta. A taxa de transmissão, conhecida como RT, era de 1,06. Isso significa que 100 pessoas infectadas na capital têm transmitido a doença para 106 pessoas, o que demonstra certa aceleração na propagação do vírus.

    A taxa de ocupação de leitos de enfermaria dedicados ao tratamento da Covid-19 chegou a 63,9%, nível amarelo de atenção. A preocupação maior é em relação aos leitos de UTI, que atingiu o sinal vermelho, com 86,1% de ocupação. O levantamento da PBH considera leitos públicos e particulares.

    A CDL/BH também pede à PBH a reativação de leitos que foram desativados ao longo da pandemia. Pelas contas da entidade, que considera apenas os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), foram fechados 177 leitos que, se estivessem ativos, abaixariam a taxa de ocupação para 51%.

    Sobre essa desativação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "trabalha com uma expectativa de aumento da demanda por internações em decorrência da Covid-19 após as festas de fim de ano na rede SUS e, sobretudo, na rede suplementar". Não foi informado um prazo para reabertura dos leitos.

    Ainda segundo a pasta, a cidade enfrenta falta de profissionais de saúde no mercado, "principalmente devido à exaustão, após um ano de muito trabalho no combate à pandemia". A PBH disse que organiza um novo levantamento de capacidade de leitos para buscar soluções.

     

    Lista de entidades que pedem reunião com prefeito

     

    Segundo a CDL, as seguintes entidades assinaram o ofício com ela:

     

    • Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG);
    • Associação de Comerciantes do Hipercentro;
    • Associação Comercial e Empresaria de Minas (ACMinas);
    • Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão);
    • Associação Comercial do Barro Preto (Ascobap);
    • Associação Mineira de Empresas de Moda (Amem);
    • Galeria do Ouvidor;
    • Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI);
    • Sindicato dos Estabelecimentos de Natação, Ginástica, Recreação e Cultura Física;
    • Federação dos Clubes do Estado de Minas Gerais (Fecemg);
    • Associação Mineira dos Supermercadistas (Amis);
    • Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg);
    • Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG);
    • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios de Belo Horizonte (Sincopeças); Convention Bureau;
    • Sindicato dos Transportadores de Escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sintesc);
    • Sindicato dos Trabalhadores de Salão de Beleza e Similares de Belo Horizonte (Sindbeleza);
    • Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg);
    • Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores de MG (SiproCFC); Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce);
    • Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais (Sindloc-MG);
    • Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos de Belo Horizonte (Sincateva);
    • Associação das Concessionárias de Veículos de BH.

    Fonte: G-1

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