Somos mais de 50 mil habitantes e precisamos de um hospital cada vez melhor. Moro e Gilmar Mendes não se entendem.
02/12/2016 12:01 em LEOPOLDINA

 

Há pouco tempo, fui várias vezes ao nosso hospital acompanhando uma pessoa da família. O quarto (ou apartamento) que ela ficou estava bem cuidado, bom. Mas o que me chamou mais atenção foi a movimentação de pessoas em busca de atendimento médico na portaria do hospital e pronto socorro.

Passando por lá dia desses, novamente a área de estacionamento estava lotada e, como nas vezes anteriores, fui estacionar nas proximidades do Colégio Imaculada. Muitos carros, sinal de muita gente.

Estou falando sobre este assunto com objetivo de ressaltar a importância do hospital para a cidade e para nossa microrregião. A minha reflexão passa por como seria bom para todos se não houvesse as dívidas do hospital e até a questão salarial de todos que prestam seus serviços em nossa Casa de Caridade Leopoldinense.

Uma cidade como a nossa, com 50 mil habitantes, tem a necessidade de ter um hospital em condições normais para que a população tenha sempre aqui um bom atendimento e não precise buscar em cidades vizinhas como Muriaé e Juiz de Fora.

As notícias são de que o hospital tem dívidas que chegam a 10 ou 12 milhões de reais. Você deve estar pensando “dívidas tem custos, tem juros”. É isso mesmo, tem sim, toda dívida tem custo.

Outras informações dão conta de que o SUS dá prejuízo, gigantesco, todos os meses ao hospital. Os valores, segundo informações que tive, chegam a 100 ou 150 mil por mês e já foram maiores. Os números de procedimentos autorizados pelo SUS não são suficientes e o hospital é obrigado a atender, até por ordem judicial.

A diretoria do hospital deve viver um drama diário. Falta dinheiro e tem a dívida que citei.

O médico Dr. José Ferraz, que já foi vereador, volta à Câmara tendo como meta trabalhar pelo hospital, pela saúde. Foi o que ele me disse. Dr. Ferraz foi eleito com apoio público dos deputados de Muriaé Dr. Wilson Batista (médico) e Misael Varela. Os dois têm suas bases eleitorais na areada saúde como integrantes do hospital do câncer daquela cidade.

Na minha opinião, Dr. Ferraz com os deputados de Muriaé podem trabalhar muito por nosso hospital. A solução não é fácil e não se pode deixar só para eles. É preciso forte apoio, efetivo, da prefeitura com a Câmara de Vereadores de nossa cidade, como a transparência total da administração do hospital.

Moro questiona projeto do abuso de autoridade e é ironizado por Mendes.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou um argumento do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, em um debate no Senado sobre o projeto do abuso de autoridade. Moro havia dito que "talvez" não seja o "melhor momento" para aprovação do texto, tendo em vista as diversas operações policiais em curso. Após o discurso de Moro, foi a vez de Gilmar subir à tribuna. Ele questionou se seria preciso aguardar um "ano sabático das operações" para aprovar o projeto e disse que o argumento não fazia sentido.

O texto do abuso de autoridade, que tramita na Casa, prevê endurecimento as punições aplicadas a juízes, promotores e delegados que vierem a cometer algum tipo de excesso. Setores ligados a juízes e a integrantes do Ministério Público veem na medida uma forma de coibir investigações como a Lava Jato.

Moro falou no debate logo antes de Mendes. Na argumentação, o juiz disse que há riscos de a atividade de magistrados e do Ministério Público ser limitada caso o projeto vire lei da forma como foi originalmente proposto. Segundo o juiz, o Senado poderia passar uma "mensagem errada" à sociedade.

"Talvez não seja o melhor momento para deliberação de uma nova lei de abuso de autoridade, considerando o contexto que existe uma operação importante, não só a Lava Jato, mas várias outras ações importantes", afirmou Moro.

Após a fala de Moro, foi a vez de Gilmar Mendes discursar. Ele rebateu o argumento do juiz de que o momento não é propício para aprovar o projeto do abuso de autoridade. Mendes citou ainda que a proposta tramita há sete anos no Congresso.

“Qual seria o momento adequado para discutir esse tema, de um projeto que tramita no Congresso há mais de sete anos?”, disse o ministro. "Vamos esperar um ano sabático das operações? Não faz sentido algum", completou Mendes.

 

 

por José Geraldo Gué

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