Empresas de Transporte Coletivo de Cataguases estão em crise
10/03/2021 05:31 em REGIÃO

 

Os muitos reajustes no preço do óleo diesel aliado à pandemia do novo coronavírus estão deixando as empresas de transporte coletivo de Cataguases em uma situação crítica. A afirmação é do proprietário da Viação Bonança, Oder Ferreira Filho, que revela também outro agravante: o preço da tarifa não é reajustada desde 2019. Para resolver esta situação e evitar o encerramento das atividades das empresas que prestam este serviço ao município, ele diz ser “urgente um reajuste no preço da passagem.”

A passagem de ônibus custa hoje em Cataguases R$ 2,70. Este valor entrou em vigor em 2019. De lá pra cá, lembra Oder, o preço do combustível subiu diversas vezes, “e somente este ano foi reajustado em mais de quarenta por cento, mas a passagem de ônibus continua o mesmo valor de dois anos atrás”, conta. Esta situação, ainda segundo ele, “está acabando com a saúde das empresas do setor aliada à enorme redução de passageiros provocada pela pandemia. Precisamos de um reajuste que contemple, pelo menos, nossos custos operacionais”, afirma.

De acordo com aquele empresário, o público pagante hoje, “é trinta por cento do que era antes da pandemia. Com isso o nosso faturamento também caiu na mesma proporção. Além dos combustíveis – continua Oder – também subiram os preços dos pneus, peças e demais acessórios”, enumera. Para voltar a equilibrar a situação financeira das empresas de transporte coletivo do município, ele afirma que o preço da passagem deveria ser reajustado para R$ 4,50. “Este é valor apontado em nossa planilha de custos, mas estamos abertos a negociar este reajuste”, disse.

 

Uma proposta de negociação neste sentido foi feita à prefeitura que, no entanto, determinou à Catrans uma avaliação sobre a situação das empresas do setor em Cataguases. Uma das medidas já adotadas para minimizar os prejuízos, conforme informou Rogério Werneck Athouguia, coordenador de Transportes da Catrans, foi a redução do número de linhas em circulação, de 39 para 24 e o corte de horários de menor movimento ao longo do dia. Outra, que também deverá ser adotada novamente, de acordo com Rogério será acabar com a gratuidade de usuários com 60 anos, mantendo apenas para os acima de 65 anos. “A gente não vê espaço para aumento de preços, mas também estamos sensíveis à realidade do setor e, por isso, buscamos soluções alternativas que amenizem a situação”, comentou.

 

Fonte: Marcelo Lopes

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