Mais de 50 relatos
O movimento de denúncias começou depois que uma adolescente publicou um relato na internet, na última semana. A consultora financeira Maria Eduarda Amaral, de 20 anos, viu a postagem da amiga e decidiu compartilhá-la em solidariedade. A partir disso, mais de 50 mulheres relataram ter sido vítimas do mesmo homem.
Uma ex-funcionária da loja relatou à TV Globo, nesta terça-feira (29), que só teve coragem de procurar a polícia depois de assistir ao vídeo publicado por Duda. A estudante, que hoje tem 23 anos, trabalhou com o suspeito durante três meses e relatou que sofreu o abuso em 2018.
Estudante recebeu mais de 50 relatos de abusos que teriam sido cometidos por suspeito dono de loja em BH — Foto: Reprodução/Redes sociais
Outra estudante, de 20 anos, contou ao G1 que foi abusada dentro da loja, no começo do ano passado, quando foi até lá para tirar fotos de divulgação de roupas. "Coloquei o biquíni, ele abriu a cortina e começou a passar a mão em mim. Ele me imobilizou, segurou meus braços e começou a me beijar à força, com meus braços imobilizados para trás. Ele falou pra eu não gritar, mas eu gritei. Como tem outras lojas em volta, ele me soltou", afirmou a vítima.
Cleidison dos Santos Fernandes — Foto: Reprodução/Redes sociais
No ano passado, a advogada que defendia Cleidison dos Santos Fernandes deixou o caso.
O G1 tentou contato com o suspeito por telefone e enviou mensagens, mas não recebeu retorno sobre as denúncias. A nova defesa dele não foi localizada.
Também por meio de nota, o Shopping Uai disse que repudia "qualquer forma de violência e abuso, principalmente contra as mulheres" e que se disponibiliza "a auxiliar todas as pessoas vítimas que precisarem de orientação no encaminhamento jurídico ou psicológico".
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher fica na Avenida Barbacena, em BH — Foto: Manoela Borges/TV Globo
A polícia reforça a importância de as vítimas procurarem a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para formalizar as denúncias. O prédio funciona 24h por dia e fica na Avenida Barbacena, 288, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Também é possível pedir ajuda pelo telefone 180.
Fonte: G-1 Minas