As regiões que vão para a onda vermelha foram as primeiras do estado a entrar na onda roxa, no dia 4 de março. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, houve melhora nos indicadores epidemiológicos do coronavírus nestes locais.
No Triângulo do Norte, composto por 27 municípios, houve redução de 18% na taxa de incidência da Covid-19 nos últimos 14 dias. Na microrregião de Patos de Minas, que contempla 11 cidades da macrorregião Noroeste, a queda foi de 35% na taxa de incidência. O restante da macrorregião Noroeste, também inserido na onda roxa desde 4 de março, segue nesta fase.
Segundo o secretário, a ocupação de leitos se aproxima cada vez mais dos 100% em Minas Gerais. Na manhã desta quarta-feira, havia 971 pacientes aguardando por internação em leitos de UTI, dos quais 762 estavam com suspeita ou confirmação de Covid-19. Outras 2.616 pessoas aguardavam internação em leitos de enfermaria, sendo 1.215 com sintomas da doença.
"Estamos buscando a ampliação de leitos em todo o estado, mas o crescimento da doença é muito maior do que a capacidade de abertura de leitos, tanto pela escassez de recursos humanos quanto pela escassez de insumos", diz o secretário.
Um dos principais problemas é a falta de kits de intubação. Segundo Baccheretti, o Ministério da Saúde já fez requisição, mas o estado ainda não recebeu todo o quantitativo prometido. A expectativa é que a reposição ocorra nos próximos dias.
"O que mais vem nos preocupando é a lentidão na distribuição desses medicamentos. Neste momento, nós estamos distribuindo de forma muito a conta gotas porque não temos estoque grande, temos estoque que consegue garantir três dias de medicamento", afirma.
O secretário ressaltou que Minas Gerais vive o pior momento da pandemia e pediu a colaboração da população durante o feriado da Semana Santa.
"A experiência que já temos de feriado sempre foi muito ruim em relação à pandemia em outros momentos, a incidência elevou-se duas semanas após os feriados. Nossa expectativa agora é um pouco diferente, uma vez que estamos na onda roxa. Isso significa que hotéis não funcionam, há restrições de circulação em horários noturnos, apenas o que é essencial fica aberto", pontua.
Fonte: G-1 Minas